Hoje comprei um novo "Evangelho Segundo o Espiritismo" para deixar no carro e um "Livro dos Espíritos", pois o meu antigo havia dado a um amigo há algum tempo, em que ele passava por algumas dificuldades.
Na semana passada nosso tutor me disse, que há algumas diferenças nos textos traduzidos, de tradutor para tradutor. Essas traduções que comprei agora são do Evandro Noleto Bezerra.
sábado, 31 de outubro de 2009
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Muito difícil...o dia a dia...
Evangelho Segundo o Espiritismo - Capítulo 28 - Coletânea de preces espíritas
Espíritos esclarecidos e benevolentes, mensageiros de Deus, que tendes por missão assistir os homens e conduzi-los pelo bom caminho, sustentai-me nas provas desta vida; dai-me a força de suportá-la sem queixumes; livrai-me dos maus pensamentos e fazei que eu não dê entrada a nenhum mau Espírito que queira induzir-me ao mal. Esclarecei a minha consciência com relação aos meus defeitos e tirai-me de sobre os olhos o véu do orgulho, capaz de impedir que eu os perceba e os confesse a mim mesmo.
A ti sobretudo meu anjo guardião, que mais particularmente velas por mim, e a todos vós, Espíritos protetores, que por mim vos interessais, peço fazerdes que me torne digno da vossa proteção. Conheceis as minhas necessidades; sejam elas atendidas, segundo a vontade de Deus.
Até logo.
Espíritos esclarecidos e benevolentes, mensageiros de Deus, que tendes por missão assistir os homens e conduzi-los pelo bom caminho, sustentai-me nas provas desta vida; dai-me a força de suportá-la sem queixumes; livrai-me dos maus pensamentos e fazei que eu não dê entrada a nenhum mau Espírito que queira induzir-me ao mal. Esclarecei a minha consciência com relação aos meus defeitos e tirai-me de sobre os olhos o véu do orgulho, capaz de impedir que eu os perceba e os confesse a mim mesmo.
A ti sobretudo meu anjo guardião, que mais particularmente velas por mim, e a todos vós, Espíritos protetores, que por mim vos interessais, peço fazerdes que me torne digno da vossa proteção. Conheceis as minhas necessidades; sejam elas atendidas, segundo a vontade de Deus.
Até logo.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Ida ao Centro Espírita
Hoje fui ao centro. Estava desanimado e com a fé abalada. Infelizmente ainda tenho minha fé abalada, por alguns fatos que vão acontecendo e que vão me fazendo pensar se o que faço é o certo e o esperado.
Como sempre a resposta vem rápido. Hoje as leituras foram: Capítulo 19 - "Fé, Mãe da Esperança e da Caridade" e "A Fé Divina e a Fé Humana".
Destaco os pontos que mais me tocaram:
[Fé, Mãe da Esperança e da Caridade] A fé, divina inspiração de Deus, desperta todos os sentimentos que conduzem o homem ao bem: é à base da regeneração. É, pois, necessário que essa base seja forte e durável, pois se a menor dúvida puder abafá-la, que será do edifício que construístes sobre ela? Erguei, portanto, esse edifício, sobre alicerces inabaláveis. Que a vossa fé seja mais forte que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, pois a fé que não desafia o ridículo dos homens, não é a verdadeira fé.
e
[A Fé Divina e a Fé Humana] A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem der às suas faculdades, em relação às necessidades terrenas ou às suas aspirações celestes e futuras. O homem de gênio, que persegue a realização de um grande empreendimento, triunfa se tem fé, porque sente em si mesmo que pode e deve triunfar, e essa certeza íntima lhe dá uma extraordinária força. O homem de bem que, crendo no seu futuro celeste, quer preencher a sua vida com nobres e belas ações, tira da sua fé, da certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda nesse caso se realizam os milagres da caridade, do sacrifício e da abnegação. Por fim, não há más inclinações que, com a fé, não possam ser vencidas.
Até Logo.
Como sempre a resposta vem rápido. Hoje as leituras foram: Capítulo 19 - "Fé, Mãe da Esperança e da Caridade" e "A Fé Divina e a Fé Humana".
Destaco os pontos que mais me tocaram:
[Fé, Mãe da Esperança e da Caridade] A fé, divina inspiração de Deus, desperta todos os sentimentos que conduzem o homem ao bem: é à base da regeneração. É, pois, necessário que essa base seja forte e durável, pois se a menor dúvida puder abafá-la, que será do edifício que construístes sobre ela? Erguei, portanto, esse edifício, sobre alicerces inabaláveis. Que a vossa fé seja mais forte que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, pois a fé que não desafia o ridículo dos homens, não é a verdadeira fé.
e
[A Fé Divina e a Fé Humana] A fé é humana ou divina, segundo a aplicação que o homem der às suas faculdades, em relação às necessidades terrenas ou às suas aspirações celestes e futuras. O homem de gênio, que persegue a realização de um grande empreendimento, triunfa se tem fé, porque sente em si mesmo que pode e deve triunfar, e essa certeza íntima lhe dá uma extraordinária força. O homem de bem que, crendo no seu futuro celeste, quer preencher a sua vida com nobres e belas ações, tira da sua fé, da certeza da felicidade que o espera, a força necessária, e ainda nesse caso se realizam os milagres da caridade, do sacrifício e da abnegação. Por fim, não há más inclinações que, com a fé, não possam ser vencidas.
Até Logo.
domingo, 25 de outubro de 2009
Infeliz...
Domingo, 25 de Outubro de 2009. Infeliz. Relendo posts anteriores, em busca de apoio. Solidão.
sábado, 24 de outubro de 2009
Casamento e Divórcio
MONOGAMIA E POLIGAMIA
Ao indagar aos Benfeitores se a união permanente de dois seres seria contrária à Lei Natural [LE-qst 695], Kardec ouviu deles a seguinte resposta:
"Não. A união de dois seres é um progresso na marcha da Humanidade."
E acrescentam [LE-qst 701]:
"Na poligamia nada mais há que sensualidade."
Allan Kardec, examinando a resposta dos Guias espirituais, vai lembrar que a abolição do casamento seria um retorno à infância da Humanidade, à vida dos animais, porque a monogamia é um sinal indicativo do progresso da civilização.
Acrescenta ainda o codificador, que seria matematicamente ilógica a instituição da poligamia, já que a população do globo é numericamente igual.
As principais funções do casamento são:
a) Formação do lar: através do casamento haverá a formação do grupo familiar, permitindo que novos Espíritos mergulhem nos fluidos do planeta, para avançarem em sua fieira evolutiva. A poligamia permitiria a reprodução, mas sem estrutura do lar, indispensável ao crescimento espiritual da criatura.
b) Permuta afetiva: a instituição do casamento vai tornar harmônica e sadia a relação entre os casais, permitindo a troca de valores energéticos, através da permuta de vibrações simpáticas.
c) Aprimoramento sexual: o casamento é um dos elementos mais efetivos no burilamento do instinto sexual. Com o passar dos anos, haverá um natural arrefecimento do interesse sexual entre os cônjuges, e eles estarão aprendendo a se alimentarem do afeto do parceiro através de métodos mais espiritualizados. Aprende, igualmente, o casal a conduzir a sua energia erótica para outras atividades, sublimando a sua função hedonista.
TIPOS DE CASAMENTO
Martins Peralva [Estudando a Mediunidade] apresenta uma divisão didática dos diferentes tipos de casamento em 5 tipos distintos:
a) Afins: São aqueles formados por parceiros simpáticos, afins, onde há uma verdadeira afeição da alma. Geralmente, eles sobrevivem à morte do corpo e mantém-se em encarnações diversas. Pouco comuns na Terra.
b) Transcendentais: São casamentos afins entre almas enobrecidas, que juntas, vão dedicar-se a obras de grande valor para a Humanidade.
c) Provacionais: São uniões entre almas mutuamente comprometidas, que estão juntas para pacificarem as consciências ante erros graves perpetrados no passado e simultaneamente desenvolverem os valores da paciência, da tolerância e da resignação. São mais comuns.
d) Sacrificiais: São aqueles que se caracterizam por uma grande diferença evolutiva entre os cônjuges. Um Espírito de mais alta envergadura que aceita o consórcio com outro menos adiantado para ajudá-lo em seu progresso espiritual.
e) Acidentais: São os casamentos que não foram programados no mundo espiritual. Obedecem apenas à afeição física, sem raízes na afetividade sincera.
O DIVÓRCIO
A posição espírita ante o divórcio está plenamente estabelecida nas duas obras mais conhecidas de nossa literatura: [O Livro dos Espíritos] e [O Evangelho Segundo o Espiritismo].
Em [LE-qst 697] Kardec pergunta se a indissolubilidade do casamento pertence a Lei de Deus ou se é apenas uma lei humana. Os Espíritos responderam:
"A indissolubilidade do casamento é uma lei humana muito contrária a lei natural."
Quando Kardec [LE-qst 940] examina as uniões infelizes, os Benfeitores voltam a carga e dizem:
"As vossas leis nesse particular são erradas, pois acreditais que Deus vos obriga a viver com aqueles que vos desagradam."
Em [ESE-cap XXII] Kardec comenta:
"O divórcio é uma lei humana cuja finalidade é separar legalmente o que já está separado de fato. Não é contrária a Lei Natural, pois só virá reformar o que os homens já fizeram."
A posição de Kardec deixa-nos serenos para afirmar que o Espiritismo não é contrário à instituição do divórcio, embora não venha a estimulá-lo, nem tampouco incitá-lo nos casais com problemas de relacionamento .
A este respeito, apresentamos algumas opiniões importantes:
Evolução em Dois Mundos - André Luiz/Chico Xavier:
Quanto ao divórcio, somos de parecer que não deva ser facilitado ou estimulado entre os homens, porque não existem na Terra uniões conjugais, legalizadas ou não, sem vínculos graves no princípio da responsabilidade assumida em comum.
Mal saídos do regime poligâmico, os homens e as mulheres sofrem-lhe ainda as sugestões animalizantes e, por isso mesmo, nas primeiras dificuldades da tarefa a que foram chamados, costumam desertar-se dos postos de serviço em que a vida os situa, alegando imaginárias incompatibilidades e supostos embaraços, quase sempre atribuíveis ao desregrado narcisismo de que são portadores.
Após a Tempestade - Joanna de Ângelis - Divaldo Franco:
Imprescindível que, antes da atitude definitiva para o divórcio, tudo se envide em prol da reconciliação, ainda mais considerando quanto os filhos, que merecem que os pais se imponham em uma união respeitável, de cujo esforço muito dependerá a felicidade deles. Na dissolução dos vínculos matrimoniais, o que padeça a prole, será considerado responsabilidade dos genitores, que se somassem esforço poderiam ter contribuído com proficiência, através da renúncia pessoal, para a vida dos filhos.
Vida e Sexo - Emmanuel/Chico Xavier:
Em muitos lances da experiência, é a própria individualidade, na vida do Espírito, antes da reencarnação, que assinala a si mesma o casamento difícil que faceará na estância física, chamando a si o parceiro ou a parceira de existências pretéritas para os ajustes que lhe pacificarão a consciência, à vista de erros perpetrados em outras épocas.
A jovem suave que hoje nos fascina, para a ligação afetiva, em muitos casos será talvez amanhã, a mulher transformada, capaz de impor-nos dificuldades enormes. No entanto, essa mesma jovem foi, no passado, vítima de nós mesmos, quando lhe infringimos os golpes de nossa própria deslealdade, convertendo-a na mulher temperamental ou infiel que nos cabe agora relevar e retificar. O rapaz distinto que atrai presentemente a companheira para os laços da comunhão mais profunda, bastas vezes será provavelmente depois o homem cruel e desorientado, suscetível de constrangê-la a carregar todo um calvário de aflições. Esse mesmo rapaz, porém, foi no pretérito a vítima dele próprio, quando desregrado ou caprichoso, lhes desfigurou, o caráter, metamorfoseando-o no homem vicioso ou fingido que lhe compete tolerar e reeducar.
Bibliografia
1) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
2) O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
3) Após a Tempestade - Joanna de Ângelis/Divaldo Franco
4) Vida e Sexo - Emmanuel/Chico Xavier
5) Evolução em Dois Mundos - André Luiz/Chico Xavier - Waldo Vieira
Apostila Original: Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG
Fonte: AmaLuz
Ao indagar aos Benfeitores se a união permanente de dois seres seria contrária à Lei Natural [LE-qst 695], Kardec ouviu deles a seguinte resposta:
"Não. A união de dois seres é um progresso na marcha da Humanidade."
E acrescentam [LE-qst 701]:
"Na poligamia nada mais há que sensualidade."
Allan Kardec, examinando a resposta dos Guias espirituais, vai lembrar que a abolição do casamento seria um retorno à infância da Humanidade, à vida dos animais, porque a monogamia é um sinal indicativo do progresso da civilização.
Acrescenta ainda o codificador, que seria matematicamente ilógica a instituição da poligamia, já que a população do globo é numericamente igual.
As principais funções do casamento são:
a) Formação do lar: através do casamento haverá a formação do grupo familiar, permitindo que novos Espíritos mergulhem nos fluidos do planeta, para avançarem em sua fieira evolutiva. A poligamia permitiria a reprodução, mas sem estrutura do lar, indispensável ao crescimento espiritual da criatura.
b) Permuta afetiva: a instituição do casamento vai tornar harmônica e sadia a relação entre os casais, permitindo a troca de valores energéticos, através da permuta de vibrações simpáticas.
c) Aprimoramento sexual: o casamento é um dos elementos mais efetivos no burilamento do instinto sexual. Com o passar dos anos, haverá um natural arrefecimento do interesse sexual entre os cônjuges, e eles estarão aprendendo a se alimentarem do afeto do parceiro através de métodos mais espiritualizados. Aprende, igualmente, o casal a conduzir a sua energia erótica para outras atividades, sublimando a sua função hedonista.
TIPOS DE CASAMENTO
Martins Peralva [Estudando a Mediunidade] apresenta uma divisão didática dos diferentes tipos de casamento em 5 tipos distintos:
a) Afins: São aqueles formados por parceiros simpáticos, afins, onde há uma verdadeira afeição da alma. Geralmente, eles sobrevivem à morte do corpo e mantém-se em encarnações diversas. Pouco comuns na Terra.
b) Transcendentais: São casamentos afins entre almas enobrecidas, que juntas, vão dedicar-se a obras de grande valor para a Humanidade.
c) Provacionais: São uniões entre almas mutuamente comprometidas, que estão juntas para pacificarem as consciências ante erros graves perpetrados no passado e simultaneamente desenvolverem os valores da paciência, da tolerância e da resignação. São mais comuns.
d) Sacrificiais: São aqueles que se caracterizam por uma grande diferença evolutiva entre os cônjuges. Um Espírito de mais alta envergadura que aceita o consórcio com outro menos adiantado para ajudá-lo em seu progresso espiritual.
e) Acidentais: São os casamentos que não foram programados no mundo espiritual. Obedecem apenas à afeição física, sem raízes na afetividade sincera.
O DIVÓRCIO
A posição espírita ante o divórcio está plenamente estabelecida nas duas obras mais conhecidas de nossa literatura: [O Livro dos Espíritos] e [O Evangelho Segundo o Espiritismo].
Em [LE-qst 697] Kardec pergunta se a indissolubilidade do casamento pertence a Lei de Deus ou se é apenas uma lei humana. Os Espíritos responderam:
"A indissolubilidade do casamento é uma lei humana muito contrária a lei natural."
Quando Kardec [LE-qst 940] examina as uniões infelizes, os Benfeitores voltam a carga e dizem:
"As vossas leis nesse particular são erradas, pois acreditais que Deus vos obriga a viver com aqueles que vos desagradam."
Em [ESE-cap XXII] Kardec comenta:
"O divórcio é uma lei humana cuja finalidade é separar legalmente o que já está separado de fato. Não é contrária a Lei Natural, pois só virá reformar o que os homens já fizeram."
A posição de Kardec deixa-nos serenos para afirmar que o Espiritismo não é contrário à instituição do divórcio, embora não venha a estimulá-lo, nem tampouco incitá-lo nos casais com problemas de relacionamento .
A este respeito, apresentamos algumas opiniões importantes:
Evolução em Dois Mundos - André Luiz/Chico Xavier:
Quanto ao divórcio, somos de parecer que não deva ser facilitado ou estimulado entre os homens, porque não existem na Terra uniões conjugais, legalizadas ou não, sem vínculos graves no princípio da responsabilidade assumida em comum.
Mal saídos do regime poligâmico, os homens e as mulheres sofrem-lhe ainda as sugestões animalizantes e, por isso mesmo, nas primeiras dificuldades da tarefa a que foram chamados, costumam desertar-se dos postos de serviço em que a vida os situa, alegando imaginárias incompatibilidades e supostos embaraços, quase sempre atribuíveis ao desregrado narcisismo de que são portadores.
Após a Tempestade - Joanna de Ângelis - Divaldo Franco:
Imprescindível que, antes da atitude definitiva para o divórcio, tudo se envide em prol da reconciliação, ainda mais considerando quanto os filhos, que merecem que os pais se imponham em uma união respeitável, de cujo esforço muito dependerá a felicidade deles. Na dissolução dos vínculos matrimoniais, o que padeça a prole, será considerado responsabilidade dos genitores, que se somassem esforço poderiam ter contribuído com proficiência, através da renúncia pessoal, para a vida dos filhos.
Vida e Sexo - Emmanuel/Chico Xavier:
Em muitos lances da experiência, é a própria individualidade, na vida do Espírito, antes da reencarnação, que assinala a si mesma o casamento difícil que faceará na estância física, chamando a si o parceiro ou a parceira de existências pretéritas para os ajustes que lhe pacificarão a consciência, à vista de erros perpetrados em outras épocas.
A jovem suave que hoje nos fascina, para a ligação afetiva, em muitos casos será talvez amanhã, a mulher transformada, capaz de impor-nos dificuldades enormes. No entanto, essa mesma jovem foi, no passado, vítima de nós mesmos, quando lhe infringimos os golpes de nossa própria deslealdade, convertendo-a na mulher temperamental ou infiel que nos cabe agora relevar e retificar. O rapaz distinto que atrai presentemente a companheira para os laços da comunhão mais profunda, bastas vezes será provavelmente depois o homem cruel e desorientado, suscetível de constrangê-la a carregar todo um calvário de aflições. Esse mesmo rapaz, porém, foi no pretérito a vítima dele próprio, quando desregrado ou caprichoso, lhes desfigurou, o caráter, metamorfoseando-o no homem vicioso ou fingido que lhe compete tolerar e reeducar.
Bibliografia
1) O Livro dos Espíritos - Allan Kardec
2) O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec
3) Após a Tempestade - Joanna de Ângelis/Divaldo Franco
4) Vida e Sexo - Emmanuel/Chico Xavier
5) Evolução em Dois Mundos - André Luiz/Chico Xavier - Waldo Vieira
Apostila Original: Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora - MG
Fonte: AmaLuz
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Perdão...
Estou naquele momento em que acabei de errar e que tenho certeza que vou ter que começar tudo de novo. Abro meu evangelho, e como sempre a resposta certa e que preciso:
Perdão das Ofensas
SIMEÃO, Bordeaux, 1862
14 – Quantas vezes perdoarei ao meu irmão? Perdoá-lo-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete. Eis um desses ensinos de Jesus que devem calar em vossa inteligência e falar bem alto ao vosso coração. Comparai essas palavras misericordiosas com a oração tão simples, tão resumida, e ao mesmo tempo tão grande nas suas aspirações, que Jesus ensinou aos discípulos, e encontrareis sempre o mesmo pensamento. Jesus, o justo por excelência, responde a Pedro: Perdoarás, mas sem limites; perdoarás cada ofensa, tantas vezes quantas ela vos for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmo, que nos torna invulneráveis às agressões, aos maus tratos e às injúrias, serás doce e humilde de coração, não medindo jamais a mansuetude; e farás, enfim, para os outros, o que desejas que o Pai celeste faça por ti. Não tem Ele de te perdoar sempre, e acaso conta o número de vezes que o seu perdão vem apagar as tuas faltas?
Ouvi, pois essa resposta de Jesus, e como Pedro, aplicai-a a vós mesmos. Perdoai, usai a indulgência, sede caridosos, generosos, e até mesmo pródigos no vosso amor. Daí, porque o Senhor vos dará; abaixai-vos, que o Senhor vos levantará; humilhai-vos, que o Senhor vos fará sentar à sua direita.
Ide, meus bem-amados, estudai e comentai essas palavras que vos dirijo, da parte daquele que, do alto dos esplendores celestes, tem sempre os olhos voltados para vós, e continua com amor a tarefa ingrata que começou há dezoito séculos. Perdoai, pois, os vossos irmãos, como tendes necessidade de ser perdoados. Se os seus atos vos prejudicaram pessoalmente, eis um motivo a mais para serdes indulgentes, porque o mérito do perdão é proporcional à gravidade do mal, e não haveria nenhum em passar por alto os erros de vossos irmãos, se estes apenas vos incomodassem de leve.
Espíritas, não vos olvideis de que, tanto em palavras como em atos, o perdão das injúrias nunca deve reduzir-se a uma expressão vazia. Se vos dizeis espíritas, sede-o de fato: esquecei o mal que vos tenham feito, e pensai apenas numa coisa: no bem que possais fazer. Aquele que entrou nesse caminho não deve afastar-se dele, nem mesmo em pensamento, pois sois responsáveis pelos vossos pensamentos, que Deus conhece. Fazei, pois, que eles sejam desprovidos de qualquer sentimento de rancor. Deus sabe o que existe no fundo do coração de cada um. Feliz aquele que pode dizer cada noite, ao dormir: Nada tenho contra o meu próximo.
Perdão das Ofensas
SIMEÃO, Bordeaux, 1862
14 – Quantas vezes perdoarei ao meu irmão? Perdoá-lo-eis, não sete vezes, mas setenta vezes sete. Eis um desses ensinos de Jesus que devem calar em vossa inteligência e falar bem alto ao vosso coração. Comparai essas palavras misericordiosas com a oração tão simples, tão resumida, e ao mesmo tempo tão grande nas suas aspirações, que Jesus ensinou aos discípulos, e encontrareis sempre o mesmo pensamento. Jesus, o justo por excelência, responde a Pedro: Perdoarás, mas sem limites; perdoarás cada ofensa, tantas vezes quantas ela vos for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmo, que nos torna invulneráveis às agressões, aos maus tratos e às injúrias, serás doce e humilde de coração, não medindo jamais a mansuetude; e farás, enfim, para os outros, o que desejas que o Pai celeste faça por ti. Não tem Ele de te perdoar sempre, e acaso conta o número de vezes que o seu perdão vem apagar as tuas faltas?
Ouvi, pois essa resposta de Jesus, e como Pedro, aplicai-a a vós mesmos. Perdoai, usai a indulgência, sede caridosos, generosos, e até mesmo pródigos no vosso amor. Daí, porque o Senhor vos dará; abaixai-vos, que o Senhor vos levantará; humilhai-vos, que o Senhor vos fará sentar à sua direita.
Ide, meus bem-amados, estudai e comentai essas palavras que vos dirijo, da parte daquele que, do alto dos esplendores celestes, tem sempre os olhos voltados para vós, e continua com amor a tarefa ingrata que começou há dezoito séculos. Perdoai, pois, os vossos irmãos, como tendes necessidade de ser perdoados. Se os seus atos vos prejudicaram pessoalmente, eis um motivo a mais para serdes indulgentes, porque o mérito do perdão é proporcional à gravidade do mal, e não haveria nenhum em passar por alto os erros de vossos irmãos, se estes apenas vos incomodassem de leve.
Espíritas, não vos olvideis de que, tanto em palavras como em atos, o perdão das injúrias nunca deve reduzir-se a uma expressão vazia. Se vos dizeis espíritas, sede-o de fato: esquecei o mal que vos tenham feito, e pensai apenas numa coisa: no bem que possais fazer. Aquele que entrou nesse caminho não deve afastar-se dele, nem mesmo em pensamento, pois sois responsáveis pelos vossos pensamentos, que Deus conhece. Fazei, pois, que eles sejam desprovidos de qualquer sentimento de rancor. Deus sabe o que existe no fundo do coração de cada um. Feliz aquele que pode dizer cada noite, ao dormir: Nada tenho contra o meu próximo.
sábado, 17 de outubro de 2009
Atualizei meu Orkut
Quando fiz 45 anos, atualizei meu perfil do Orkut. Ontem fiz um pequeno e importante complemento:
"Aos 45 anos, o mais importante de tudo, resolvi me assumir espírita (Kardec). Tento me tornar a cada dia, um homem moralmente melhor."
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=mp&uid=17190041174296951947
"Aos 45 anos, o mais importante de tudo, resolvi me assumir espírita (Kardec). Tento me tornar a cada dia, um homem moralmente melhor."
http://www.orkut.com.br/Main#Profile?rl=mp&uid=17190041174296951947
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
A fé e a caridade
13. Disse-vos, não há muito, meus caros filhos, que a caridade, sem a fé, não basta para manter entre os homens uma ordem social capaz de os tornar felizes. Pudera ter dito que a caridade é impossível sem a fé. Na verdade, impulsos generosos se vos depararão, mesmo entre os que nenhuma religião têm; porém, essa caridade austera, que só com abnegação se pratica, com um constante sacrifício de todo interesse egoístico, somente a fé pode inspirá-la, porquanto só ela dá se possa carregar com coragem e perseverança a cruz da vida terrena.
Sim, meus filhos, é inútil que o homem ávido de gozos procure iludir-se sobre o seu destino nesse mundo, pretendendo ser-lhe licito ocupar-se unicamente com a sua felicidade.Sem dúvida, Deus nos criou para sermos felizes na eternidade; entretanto, a vida terrestre tem que servir exclusivamente ao aperfeiçoamento moral, que mais facilmente se adquire com o auxílio dos órgãos físicos e do mundo material. Sem levar em conta as vicissitudes ordinárias da vida, a diversidade dos gostos, dos pendores e das necessidades, é esse também um meio de vos aperfeiçoardes, exercitando-vos na caridade. Com efeito, só a poder de concessões e sacrifícios mútuos podeis conservar a harmonia entre elementos tão diversos.
Tereis, contudo, razão, se afirmardes que a felicidade se acha destinada ao homem nesse mundo, desde que ele a procure, não nos gozos materiais, sim no bem. A história da cristandade fala de mártires que se encaminhavam alegres para o suplício. Hoje, na vossa sociedade, para serdes cristãos, não se vos faz mister nem o holocausto do martírio, nem o sacrifício da vida, mas única e exclusivamente o sacrifício do vosso egoísmo, do vosso orgulho e da vossa vaidade. Triunfareis, se a caridade vos inspirar e vos sustentar a fé. -Espírito protetor. (Cracóvia, 1861.)
Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XI, 13.
Sim, meus filhos, é inútil que o homem ávido de gozos procure iludir-se sobre o seu destino nesse mundo, pretendendo ser-lhe licito ocupar-se unicamente com a sua felicidade.Sem dúvida, Deus nos criou para sermos felizes na eternidade; entretanto, a vida terrestre tem que servir exclusivamente ao aperfeiçoamento moral, que mais facilmente se adquire com o auxílio dos órgãos físicos e do mundo material. Sem levar em conta as vicissitudes ordinárias da vida, a diversidade dos gostos, dos pendores e das necessidades, é esse também um meio de vos aperfeiçoardes, exercitando-vos na caridade. Com efeito, só a poder de concessões e sacrifícios mútuos podeis conservar a harmonia entre elementos tão diversos.
Tereis, contudo, razão, se afirmardes que a felicidade se acha destinada ao homem nesse mundo, desde que ele a procure, não nos gozos materiais, sim no bem. A história da cristandade fala de mártires que se encaminhavam alegres para o suplício. Hoje, na vossa sociedade, para serdes cristãos, não se vos faz mister nem o holocausto do martírio, nem o sacrifício da vida, mas única e exclusivamente o sacrifício do vosso egoísmo, do vosso orgulho e da vossa vaidade. Triunfareis, se a caridade vos inspirar e vos sustentar a fé. -Espírito protetor. (Cracóvia, 1861.)
Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo XI, 13.
Paciência
7. A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.
Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.
A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.
Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo. - Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)
Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo IX, 7
Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.
A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.
Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo. - Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)
Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo IX, 7
Melancolia
25. Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? E que vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais infelizes.
Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. São inatas no espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar a romper os liames que vos mantêm cativo o Espírito. Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou. Se, no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos, sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à companhia dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo entre eles, vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições da Terra. -François de Genève. (Bordéus.)
Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V, 25.
Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. São inatas no espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar a romper os liames que vos mantêm cativo o Espírito. Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou. Se, no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos, sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à companhia dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo entre eles, vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições da Terra. -François de Genève. (Bordéus.)
Evangelho Segundo o Espiritismo. Capítulo V, 25.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
As Recaídas
Por Cristina Helena Sarraf
Quando temos disposição de aprender a melhorar, o universo conspira a nossa favor, porque as leis que o regem, vindas do Criador, estão sempre nos beneficiando; destaco a da afinidade, hoje conhecida como de atração, que nos aproxima de tudo que condiz com o foco para o qual voltamos nosso íntimo.
Descobrir a necessidade de alguma modificação na maneira de ser e agir é sempre um momento alto na vida, se a nossa reação não for a da culpa que amarra ou a do orgulho que cega.
Conseguindo pensar, à luz do Espiritismo, que somos Espíritos imortais, reencarnantes e em evolução, também dotados de livre arbítrio, “cai a ficha” de que é impossível acertar sempre e ter todas as idéias e conceitos equilibrados e amplos. Ao mesmo tempo, vamos entendendo que errar, equivocar-se e ficar com a mente nublada, fazem parte desse processo de aprendizagem, porque quando não se sabe direito e não se tem suficiente experiência, acertar e errar são possibilidades, cada uma com 50% de chance.
A disposição de rever e reciclar pensamentos, sentimentos e atos, quando promovida por essa consciência de si mesmo, transforma-se num grande investimento a próprio favor. E a vida vai trazendo inspirações, livros, conversas, circunstâncias, que se de um lado nos reforçam a disposição, até com sugestões de formas de agir e técnicas psicológicas para alteração de comportamentos e suportação dessa fase transitória, por outro lado, nos coloca testes para verificação do que já aprendemos e do quanto conseguimos conter o costume antigo.
É nessa etapa nos acontecem as recaídas. Aqueles momentos nos testes, em que não conseguindo suportar as pressões internas e externas, retornamos á forma antiga, até porque esta já está corporificada, ou seja, já foi tão utilizada que basta “apertar o botão” e dispara automaticamente seu funcionamento.
Somos condicionáveis, e quanto mais um comportamento mental ou prático é repetido, mais se fixa e vai virando hábito, a não ser quando observamos isso e escolhemos como pensar e agir. Mas para tanto, geralmente precisa-se passar pela dor. Então, depois de doer muito, sentimos a necessidade da modificação e teremos que empreender todo processo de reciclagem e readaptação, descritos até aqui.
As recaídas alem de dolorosas são pedagógicas, porque abrem campo para reavaliarmos os métodos dessa reeducação e o nosso empenho neles, sem o quê nada se consegue.
Obviamente, quanto mais arraigado, mais é difícil alterar-se um hábito, o que pode ser observado pelas muitas recaídas. Nesse caso, entram em jogo as resistências internas, que nada mais são do que preguiça e medo de enfrentar-se e trabalhar-se, com vistas ao novo objetivo.
Um dos convites que as recaídas no trazem, é o da auto-disciplinação.
Para muitos essa palavra pode ser sinônimo de algo pesado, imposto e autoritário. Entende-se isso, na medida em que nossa história social está eivada de exemplos desagradáveis. No entanto, pode-se fazer uma releitura conceitual dessa palavra e passar a vê-la como um instrumento que pode ser usado a nosso favor. Pense na disciplina como sendo a inteligência posta a seu serviço. Com ela administramos melhor as dificuldades e os empecilhos, mesmo que internos, ao objetivo firmado de adotar nova conduta em certo aspecto da vida.
Como essa ferramenta pode nos ajudar? Primeiro é preciso definir o que se quer obter. Depois escolher os passos a serem dados, mesmo que se modifique isso depois, vendo que exageramos ou nos subestimamos. Vamos a um exemplo: para não se deixar dominar pela irritação ou provocação, uma pessoa poderá adotar a técnica de contar até dez, antes de responder. Essa é uma disciplinação plausível, ou seja, possível de ser cumprida, sem grandes esforços ou modificações excessivas. Caso a opção fosse de por uma pedra na boca, para dificultar a fala, poderia estar diante da dificuldade de ter a pedra a mãos, quando precisasse. Ou então, teria que se acostumar a tê-la junto de si, o que poderia ser mais complicado para a maioria das pessoas. Seja como for, a partir da decisão, é conversar seriamente consigo mesmo e com seu anjo de guarda, estabelecendo que quer se disciplinar a lembrar dessa atitude toda vez que for posto á prova.
A pessoa que já sofreu bastante, sabe que precisa se ajudar e começa a usar a técnica antes de responder qualquer coisa, mesmo que seja algo inocente e trivial. Por que? Para se disciplinar; para se acostumar a agir assim e não ser pega de surpresa. A repetição dessa conduta fará um condicionamento mental e na hora difícil não será preciso pensar e escolher; agirá naturalmente da forma que adquiriu pela auto-disciplina consciente, e obterá sucesso em seu objetivo.
Aspectos personais ainda infantis, levam muita gente a culpar outrem ou alguma situação, como causa de suas dores. Mas a sociedade já está bastante amadurecida para que um bom contingente de pessoas saiba que tudo que nos cerca, tudo que acontece na nossa presença e tudo que nos acontece, está diretamente ligado ao nosso modo de ser e pensar. São consequências naturais de nós mesmos, nas múltiplas facetas que caracterizam a vida de cada um. Esse enfoque nos direciona para a certeza de que só o trabalho pessoal, em próprio benefício, produz os resultados esperados, em termos de algum auto-domínio ante os desafios e relativa harmonia consigo mesmo. Por isso acostumar-se a alguma disciplina, facilita a vida.
Para os espíritas, esse entendimento se baseia no fato de sermos individualidades, cujo comando vem do próprio arbítrio, mesmo quando consentimos que outros nos dirijam.
Estando com o desafio diante de nós, é como se fossemos chamados á repetição da conduta que já descobrimos ser prejudicial. Semelhante aos antigos LPs, que quando riscados, a agulha sempre caia no sulco feito -e quanto mais fundo, mais difícil dela sair sozinha- nós também, se estivermos muito comprometidos com maneiras de ser prejudiciais, precisaremos de ajuda psicológica, que funcionará como a mão estendida ao que caiu na areia movediça. É ilusão imaginar que, sem um aprendizado novo e sem um bom treinamento nele, conseguiremos, num passe de mágica, aquilo que por várias vezes não temos conseguido. Enquanto desenvolvemos as capacidades de auto-gerenciamento, a ajuda profissional e a espiritual são muito necessárias e bem vindas.
O apoio externo não supre, jamais, nossa necessidade de nos movermos internamente em nosso favor. Por isso, as recaídas precisam ser entendidas como etapas de progresso e sinalizadoras de onde estão as maiores dificuldades. Quais palavras, gestos, situações nos nublam a condição de examinar o assunto e escolher a forma nova que estamos adotando? Que assuntos nos “tiram do sério” e nos remetem instantaneamente á conduta anterior? Quem e como essa pessoa nos impede, verbal, física ou energeticamente, de agirmos como queremos? O que no faz esquecer a disciplina e a técnica adotadas para a auto-superação?
Outra faceta das recaídas aparece quando achamos que já somos vitoriosos e que a tal questão não nos pega mais. Achamos... Mas a recaída acontece, mostrando que quem acha não sabe, só supõe e já se considera vencedor. Porque a verdadeira superação será reconhecida, somente após muitas exposições ao que poderia nos levar ao costume antigo, nas quais nos mantivermos fiéis ao novo comportamento; este agora é a nossa nova forma costumeira de ser/pensar.
O empenho em conhecer-se e reconhecer-se, persistindo depois, nas condutas escolhidas e recicladas, certamente dá bastante trabalho. Mas vale a pena, quando passando pelos testes, nos reconhecemos mudados para melhor e mais donos de nós mesmos. A sensação de auto-realização advinda, permanecerá sempre como uma conquista pessoal, nos alimentando e sustentando para novas etapas, diante de outros desafios que quereremos enfrentar.
Fonte: Fundação Espírita André Luiz
Quando temos disposição de aprender a melhorar, o universo conspira a nossa favor, porque as leis que o regem, vindas do Criador, estão sempre nos beneficiando; destaco a da afinidade, hoje conhecida como de atração, que nos aproxima de tudo que condiz com o foco para o qual voltamos nosso íntimo.
Descobrir a necessidade de alguma modificação na maneira de ser e agir é sempre um momento alto na vida, se a nossa reação não for a da culpa que amarra ou a do orgulho que cega.
Conseguindo pensar, à luz do Espiritismo, que somos Espíritos imortais, reencarnantes e em evolução, também dotados de livre arbítrio, “cai a ficha” de que é impossível acertar sempre e ter todas as idéias e conceitos equilibrados e amplos. Ao mesmo tempo, vamos entendendo que errar, equivocar-se e ficar com a mente nublada, fazem parte desse processo de aprendizagem, porque quando não se sabe direito e não se tem suficiente experiência, acertar e errar são possibilidades, cada uma com 50% de chance.
A disposição de rever e reciclar pensamentos, sentimentos e atos, quando promovida por essa consciência de si mesmo, transforma-se num grande investimento a próprio favor. E a vida vai trazendo inspirações, livros, conversas, circunstâncias, que se de um lado nos reforçam a disposição, até com sugestões de formas de agir e técnicas psicológicas para alteração de comportamentos e suportação dessa fase transitória, por outro lado, nos coloca testes para verificação do que já aprendemos e do quanto conseguimos conter o costume antigo.
É nessa etapa nos acontecem as recaídas. Aqueles momentos nos testes, em que não conseguindo suportar as pressões internas e externas, retornamos á forma antiga, até porque esta já está corporificada, ou seja, já foi tão utilizada que basta “apertar o botão” e dispara automaticamente seu funcionamento.
Somos condicionáveis, e quanto mais um comportamento mental ou prático é repetido, mais se fixa e vai virando hábito, a não ser quando observamos isso e escolhemos como pensar e agir. Mas para tanto, geralmente precisa-se passar pela dor. Então, depois de doer muito, sentimos a necessidade da modificação e teremos que empreender todo processo de reciclagem e readaptação, descritos até aqui.
As recaídas alem de dolorosas são pedagógicas, porque abrem campo para reavaliarmos os métodos dessa reeducação e o nosso empenho neles, sem o quê nada se consegue.
Obviamente, quanto mais arraigado, mais é difícil alterar-se um hábito, o que pode ser observado pelas muitas recaídas. Nesse caso, entram em jogo as resistências internas, que nada mais são do que preguiça e medo de enfrentar-se e trabalhar-se, com vistas ao novo objetivo.
Um dos convites que as recaídas no trazem, é o da auto-disciplinação.
Para muitos essa palavra pode ser sinônimo de algo pesado, imposto e autoritário. Entende-se isso, na medida em que nossa história social está eivada de exemplos desagradáveis. No entanto, pode-se fazer uma releitura conceitual dessa palavra e passar a vê-la como um instrumento que pode ser usado a nosso favor. Pense na disciplina como sendo a inteligência posta a seu serviço. Com ela administramos melhor as dificuldades e os empecilhos, mesmo que internos, ao objetivo firmado de adotar nova conduta em certo aspecto da vida.
Como essa ferramenta pode nos ajudar? Primeiro é preciso definir o que se quer obter. Depois escolher os passos a serem dados, mesmo que se modifique isso depois, vendo que exageramos ou nos subestimamos. Vamos a um exemplo: para não se deixar dominar pela irritação ou provocação, uma pessoa poderá adotar a técnica de contar até dez, antes de responder. Essa é uma disciplinação plausível, ou seja, possível de ser cumprida, sem grandes esforços ou modificações excessivas. Caso a opção fosse de por uma pedra na boca, para dificultar a fala, poderia estar diante da dificuldade de ter a pedra a mãos, quando precisasse. Ou então, teria que se acostumar a tê-la junto de si, o que poderia ser mais complicado para a maioria das pessoas. Seja como for, a partir da decisão, é conversar seriamente consigo mesmo e com seu anjo de guarda, estabelecendo que quer se disciplinar a lembrar dessa atitude toda vez que for posto á prova.
A pessoa que já sofreu bastante, sabe que precisa se ajudar e começa a usar a técnica antes de responder qualquer coisa, mesmo que seja algo inocente e trivial. Por que? Para se disciplinar; para se acostumar a agir assim e não ser pega de surpresa. A repetição dessa conduta fará um condicionamento mental e na hora difícil não será preciso pensar e escolher; agirá naturalmente da forma que adquiriu pela auto-disciplina consciente, e obterá sucesso em seu objetivo.
Aspectos personais ainda infantis, levam muita gente a culpar outrem ou alguma situação, como causa de suas dores. Mas a sociedade já está bastante amadurecida para que um bom contingente de pessoas saiba que tudo que nos cerca, tudo que acontece na nossa presença e tudo que nos acontece, está diretamente ligado ao nosso modo de ser e pensar. São consequências naturais de nós mesmos, nas múltiplas facetas que caracterizam a vida de cada um. Esse enfoque nos direciona para a certeza de que só o trabalho pessoal, em próprio benefício, produz os resultados esperados, em termos de algum auto-domínio ante os desafios e relativa harmonia consigo mesmo. Por isso acostumar-se a alguma disciplina, facilita a vida.
Para os espíritas, esse entendimento se baseia no fato de sermos individualidades, cujo comando vem do próprio arbítrio, mesmo quando consentimos que outros nos dirijam.
Estando com o desafio diante de nós, é como se fossemos chamados á repetição da conduta que já descobrimos ser prejudicial. Semelhante aos antigos LPs, que quando riscados, a agulha sempre caia no sulco feito -e quanto mais fundo, mais difícil dela sair sozinha- nós também, se estivermos muito comprometidos com maneiras de ser prejudiciais, precisaremos de ajuda psicológica, que funcionará como a mão estendida ao que caiu na areia movediça. É ilusão imaginar que, sem um aprendizado novo e sem um bom treinamento nele, conseguiremos, num passe de mágica, aquilo que por várias vezes não temos conseguido. Enquanto desenvolvemos as capacidades de auto-gerenciamento, a ajuda profissional e a espiritual são muito necessárias e bem vindas.
O apoio externo não supre, jamais, nossa necessidade de nos movermos internamente em nosso favor. Por isso, as recaídas precisam ser entendidas como etapas de progresso e sinalizadoras de onde estão as maiores dificuldades. Quais palavras, gestos, situações nos nublam a condição de examinar o assunto e escolher a forma nova que estamos adotando? Que assuntos nos “tiram do sério” e nos remetem instantaneamente á conduta anterior? Quem e como essa pessoa nos impede, verbal, física ou energeticamente, de agirmos como queremos? O que no faz esquecer a disciplina e a técnica adotadas para a auto-superação?
Outra faceta das recaídas aparece quando achamos que já somos vitoriosos e que a tal questão não nos pega mais. Achamos... Mas a recaída acontece, mostrando que quem acha não sabe, só supõe e já se considera vencedor. Porque a verdadeira superação será reconhecida, somente após muitas exposições ao que poderia nos levar ao costume antigo, nas quais nos mantivermos fiéis ao novo comportamento; este agora é a nossa nova forma costumeira de ser/pensar.
O empenho em conhecer-se e reconhecer-se, persistindo depois, nas condutas escolhidas e recicladas, certamente dá bastante trabalho. Mas vale a pena, quando passando pelos testes, nos reconhecemos mudados para melhor e mais donos de nós mesmos. A sensação de auto-realização advinda, permanecerá sempre como uma conquista pessoal, nos alimentando e sustentando para novas etapas, diante de outros desafios que quereremos enfrentar.
Fonte: Fundação Espírita André Luiz
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Livre-Arbítrio (Livro dos Espíritos)
843 O homem tem sempre o livre-arbítrio?
– Uma vez que tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livrearbítrio o homem seria como uma máquina.
844 O homem desfruta de seu livre-arbítrio desde seu nascimento?
– Há liberdade de agir desde que haja a liberdade de fazer. Nos primeiros tempos da vida a liberdade é quase nula; ela vai evoluindo e seus objetivos mudam de acordo com o desenvolvimento das faculdades. A criança, tendo pensamentos relacionados com as necessidades de sua idade, aplica seu livre-arbítrio às escolhas que lhe são necessárias.
845 As predisposições instintivas que o homem traz ao nascer não são um obstáculo ao exercício do livre-arbítrio?
– As predisposições instintivas são do Espírito antes de sua encarnação; conforme é mais ou menos adiantado, podem levá-lo a praticar atos condenáveis, e ele será auxiliado nisso pelos Espíritos com essas mesmas tendências, mas não há arrebatamento irresistível quando se tem a vontade de resistir. Lembrai-vos de que querer é poder. (Veja a questão 361.)
846 O organismo tem influência sobre os atos da vida? E se tem, ela não acaba anulando o livre-arbítrio?
– O Espírito está certamente influenciado pela matéria que o pode entravar em suas manifestações; eis por que, nos mundos onde os corpos são menos materiais, as faculdades se desenvolvem com mais liberdade.
Porém, não é o instrumento que dá as faculdades. Além disso, é preciso separar aqui as faculdades morais das intelectuais; se um homem tem o instinto assassino, é seguramente seu próprio Espírito que o possui e o transmite, e não seus órgãos. Aquele que canaliza o pensamento para a vida da matéria torna-se semelhante ao irracional e, pior ainda, porque não pensa mais em se prevenir contra o mal, e é nisso que é culpado, uma vez que age assim por sua vontade. (Veja a questão 367 e segs. – “Influência do organismo”.)
847 A anormalidade das faculdades tira do homem o livre-arbítrio?
– Aquele cuja inteligência é perturbada por uma causa qualquer não é mais senhor de seu pensamento e assim não tem mais liberdade. Essa anormalidade é, muitas vezes, uma punição para o Espírito que, numa outra encarnação, pode ter sido fútil e orgulhoso e ter feito mau uso de suas faculdades. Ele pode renascer no corpo de um deficiente mental, como o escravizador no corpo de um escravo e o mau rico no de um mendigo. Porém, o Espírito sofreu esse constrangimento com perfeita consciência.
Está aí a ação da matéria. (Veja a questão 371 e seguintes)
848 Os desatinos das faculdades intelectuais causadas pela embriaguez é desculpa para atos condenáveis?
– Não, porque o bêbado voluntariamente se privou de sua razão para satisfazer paixões brutais; em vez de uma falta, comete duas.
849 No homem primitivo, a faculdade dominante é o instinto ou o livre-arbítrio?
– É o instinto, o que não o impede de agir com total liberdade em certas circunstâncias; como a criança, ele aplica essa liberdade às suas necessidades e ela se desenvolve com a inteligência. Porém, como vós, sois mais esclarecidos do que um selvagem e também mais responsáveis pelo que fazeis.
850 A posição social não é, algumas vezes, um obstáculo à total liberdade dos atos?
– O mundo tem, sem dúvida, suas exigências. Deus é justo e tudo leva em conta, mas vos deixa a responsabilidade do pouco esforço que fazeis para superar os obstáculos.
– Uma vez que tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livrearbítrio o homem seria como uma máquina.
844 O homem desfruta de seu livre-arbítrio desde seu nascimento?
– Há liberdade de agir desde que haja a liberdade de fazer. Nos primeiros tempos da vida a liberdade é quase nula; ela vai evoluindo e seus objetivos mudam de acordo com o desenvolvimento das faculdades. A criança, tendo pensamentos relacionados com as necessidades de sua idade, aplica seu livre-arbítrio às escolhas que lhe são necessárias.
845 As predisposições instintivas que o homem traz ao nascer não são um obstáculo ao exercício do livre-arbítrio?
– As predisposições instintivas são do Espírito antes de sua encarnação; conforme é mais ou menos adiantado, podem levá-lo a praticar atos condenáveis, e ele será auxiliado nisso pelos Espíritos com essas mesmas tendências, mas não há arrebatamento irresistível quando se tem a vontade de resistir. Lembrai-vos de que querer é poder. (Veja a questão 361.)
846 O organismo tem influência sobre os atos da vida? E se tem, ela não acaba anulando o livre-arbítrio?
– O Espírito está certamente influenciado pela matéria que o pode entravar em suas manifestações; eis por que, nos mundos onde os corpos são menos materiais, as faculdades se desenvolvem com mais liberdade.
Porém, não é o instrumento que dá as faculdades. Além disso, é preciso separar aqui as faculdades morais das intelectuais; se um homem tem o instinto assassino, é seguramente seu próprio Espírito que o possui e o transmite, e não seus órgãos. Aquele que canaliza o pensamento para a vida da matéria torna-se semelhante ao irracional e, pior ainda, porque não pensa mais em se prevenir contra o mal, e é nisso que é culpado, uma vez que age assim por sua vontade. (Veja a questão 367 e segs. – “Influência do organismo”.)
847 A anormalidade das faculdades tira do homem o livre-arbítrio?
– Aquele cuja inteligência é perturbada por uma causa qualquer não é mais senhor de seu pensamento e assim não tem mais liberdade. Essa anormalidade é, muitas vezes, uma punição para o Espírito que, numa outra encarnação, pode ter sido fútil e orgulhoso e ter feito mau uso de suas faculdades. Ele pode renascer no corpo de um deficiente mental, como o escravizador no corpo de um escravo e o mau rico no de um mendigo. Porém, o Espírito sofreu esse constrangimento com perfeita consciência.
Está aí a ação da matéria. (Veja a questão 371 e seguintes)
848 Os desatinos das faculdades intelectuais causadas pela embriaguez é desculpa para atos condenáveis?
– Não, porque o bêbado voluntariamente se privou de sua razão para satisfazer paixões brutais; em vez de uma falta, comete duas.
849 No homem primitivo, a faculdade dominante é o instinto ou o livre-arbítrio?
– É o instinto, o que não o impede de agir com total liberdade em certas circunstâncias; como a criança, ele aplica essa liberdade às suas necessidades e ela se desenvolve com a inteligência. Porém, como vós, sois mais esclarecidos do que um selvagem e também mais responsáveis pelo que fazeis.
850 A posição social não é, algumas vezes, um obstáculo à total liberdade dos atos?
– O mundo tem, sem dúvida, suas exigências. Deus é justo e tudo leva em conta, mas vos deixa a responsabilidade do pouco esforço que fazeis para superar os obstáculos.
domingo, 11 de outubro de 2009
Diálogo sobre Masturbação
http://duplavista.com.br/arquivo/dialogo-sobre-masturbacao
Benjamin Teixeira em diálogo com o espírito Eugênia.
Benjamin: Eugênia, seria abusivo perguntar sobre masturbação?
Eugênia: A forma de me perguntar já revela a necessidade de se ventilar a temática. Tudo deve ser falado, sob a perspectiva da Espiritualidade, principalmente o que é foco de tabu, porque, então, os automatismos neuróticos e destrutivos, bem como as fixações culturais e sociais, agem mais livremente a prejuízo de comunidades e indivíduos.
Benjamin: No passado, Eugênia, tratava-se a masturbação como pecado ou como desequilíbrio que até poderia causar distúrbios mentais e físicos. A medicina (auxiliada pela psicologia e pela sexologia) eliminou os fundamentos de tais crendices populares (que tiveram muito apoio de gente instruída, em tempos idos), mas, no meio espírita, ainda se considera a masturbação, como vampirismo ou desvio de função das energias sexuais, um desperdício, qual se todo ato masturbatório indicasse uma queda em tentação. Poderia nos falar algo sobre estas considerações?
Eugênia: Sim. É gritantemente necessário que o postulado básico de acompanhar a ciência seja lembrado entre aqueles que desejam, sinceramente, desposar o Espiritismo como filosofia de vida. Apegar-se a velhos conceitos, por tradição, por medo de enfrentar o novo ou por receio de ser plenamente responsável pelos próprios atos, é de tal modo descompassado com a modernidade, que nos eximimos de expender mais comentários a respeito. Importante lembrar que médiuns acabam filtrando, inconscientemente, o pensamento das entidades que se manifestam por seu corpo mental, de modo que refrações sutis e graves podem se dar (e se dão sempre, em algum nível). Eis por que a vigilância deve ser acentuada, sobremaneira quando condicionamentos culturais e convenções muito cristalizadas estão envolvidos.
O que tem dito a ciência sobre o assunto? Que a masturbação é algo natural e até desejável para o indivíduo adulto; e que, mesmo entre aqueles que já têm a vida afetiva disciplinada nos corredores da educação conjugal, é compreensível aconteça o fenômeno do onanismo (para os dois gêneros), que se revela mesmo imperioso, amiúde, quando os ritmos sexuais dos parceiros não se alinham, a fim de que um não incomode o outro na satisfação de suas necessidades de fundo psicofisiológico, nem alguém se frustre na quota de libido que lhe não seja possível imediatamente canalizar para atividades não-sexuais, sem gerar recalques indesejáveis.
Seja na tenra idade, seja em idade avançada, para solteiros ou casados, hétero ou homossexuais, o fenômeno masturbatório pode ser comparado à ida ao banheiro para a excreção dos detritos alimentares. Há abusos, sem dúvida, como os há em tudo na existência humana. Os ritmos sexuais podem ser exacerbados, na compulsão, ainda que se não tenha parceiro para a prática. Cada caso é um caso, e, somente com profundo autoconhecimento, a criatura descobre o sistema apropriado ao seu modo de ser, em função do bem-estar geral, da produtividade, da criatividade e do sentimento de equilíbrio íntimo, que constituem alguns dos resultados da vida sexual resolvida.
Quanto ao vampirismo, pode acontecer também na vida afetiva a dois, sempre que os desajustes da perversão e da promiscuidade invoquem, para a alcova do casal, presenças extrafísicas de baixo calão vibratório, pelo próprio diapasão de desequilíbrio em que se expressam em seu momento de intimidade.
Benjamin: Que bom, Eugênia! Creio que estas suas colocações esclarecedoras vão ajudar muitas pessoas. Entretanto, você aludiu a “perversão”, e este conceito me parece muito amplo e difuso, pelo mesmo motivo de os preconceitos adentrarem este departamento valorativo. Temos muita dificuldade em aceitar e conviver com nosso lado animal, e muitos são os que têm vergonha e não se soltam em funções elementares de sua própria fisiologia, tudo tendo como sinal de depravação, primitivismo e imoralidade. O que você quis dizer por “perversão”? Digo, porque, inclusive, na temática “masturbação”, está em jogo, normalmente, o fator “fantasia”, que pode incluir itens que não sejam desejados também na relação concretizada a dois - estou certo?
Eugênia: O tema é muito complexo, e, sem dúvida, não o esgotaremos nesta nossa primeira fala a respeito. Por outro lado, não somos autorizados por Nossos Maiores, ainda, a discorrer abertamente sobre o assunto, porque mentes menos amadurecidas, levianas, despreparadas para nos ouvir, poderiam fazer mau uso de nossas afirmações. O que podemos dizer é que tudo que lese física, emocional ou moralmente alguém pode ser enquadrado no capítulo “perversão”, ao passo que tudo quanto promova o bem-estar biopsíquico, o crescimento psicológico e a boa relação entre as criaturas não pode ser considerado como distúrbio moral ou patologia psíquica.
O quesito “fantasia” é ainda mais intrincado, porque, freqüentemente, melhor que se liberem certos conteúdos indesejados (e ainda não de todo domesticáveis) da psique, por meio das ferramentas imagéticas, do que fazê-los colapsarem no próprio comportamento, em surtos que se chamam, em psicologia junguiana, de “possessão pela sombra” (*). Os princípios de civilização, entretanto, devem sempre reger tais processos mentais, na promoção da educação e da melhoria progressiva dos indivíduos, dos mais ínfimos aos maiores gestos, dos mais secretos aos públicos. A gerência de tais impulsos - que, como disse, não podem, em sua totalidade, ser de pronto sublimados - corre por conta da responsabilidade de cada um, em função do próprio e do bem comum.
Benjamin: Algo mais desejaria dizer, por ora?
Eugênia: Que se procure, em tudo, o ponto de vista do bom senso, do equilíbrio, da visão de conjunto, e dificilmente se incorrerá em erros graves de conduta, seja consigo mesmo, seja nas relações interpessoais.
(*) Quem não já se viu fazendo ou dizendo o que não desejaria? Fácil atribuírem-se tais inconveniências à influência de entidades malévolas ou viciosas da outra dimensão de vida. Mas a questão é que, ainda que isto seja verdadeiro, no caso em foco, quais os motivos por que, em dada circunstância, abrimos guarda moral a tais vetores de indução do comportamento? (Nota do Médium)
Benjamin Teixeira em diálogo com o espírito Eugênia.
Benjamin: Eugênia, seria abusivo perguntar sobre masturbação?
Eugênia: A forma de me perguntar já revela a necessidade de se ventilar a temática. Tudo deve ser falado, sob a perspectiva da Espiritualidade, principalmente o que é foco de tabu, porque, então, os automatismos neuróticos e destrutivos, bem como as fixações culturais e sociais, agem mais livremente a prejuízo de comunidades e indivíduos.
Benjamin: No passado, Eugênia, tratava-se a masturbação como pecado ou como desequilíbrio que até poderia causar distúrbios mentais e físicos. A medicina (auxiliada pela psicologia e pela sexologia) eliminou os fundamentos de tais crendices populares (que tiveram muito apoio de gente instruída, em tempos idos), mas, no meio espírita, ainda se considera a masturbação, como vampirismo ou desvio de função das energias sexuais, um desperdício, qual se todo ato masturbatório indicasse uma queda em tentação. Poderia nos falar algo sobre estas considerações?
Eugênia: Sim. É gritantemente necessário que o postulado básico de acompanhar a ciência seja lembrado entre aqueles que desejam, sinceramente, desposar o Espiritismo como filosofia de vida. Apegar-se a velhos conceitos, por tradição, por medo de enfrentar o novo ou por receio de ser plenamente responsável pelos próprios atos, é de tal modo descompassado com a modernidade, que nos eximimos de expender mais comentários a respeito. Importante lembrar que médiuns acabam filtrando, inconscientemente, o pensamento das entidades que se manifestam por seu corpo mental, de modo que refrações sutis e graves podem se dar (e se dão sempre, em algum nível). Eis por que a vigilância deve ser acentuada, sobremaneira quando condicionamentos culturais e convenções muito cristalizadas estão envolvidos.
O que tem dito a ciência sobre o assunto? Que a masturbação é algo natural e até desejável para o indivíduo adulto; e que, mesmo entre aqueles que já têm a vida afetiva disciplinada nos corredores da educação conjugal, é compreensível aconteça o fenômeno do onanismo (para os dois gêneros), que se revela mesmo imperioso, amiúde, quando os ritmos sexuais dos parceiros não se alinham, a fim de que um não incomode o outro na satisfação de suas necessidades de fundo psicofisiológico, nem alguém se frustre na quota de libido que lhe não seja possível imediatamente canalizar para atividades não-sexuais, sem gerar recalques indesejáveis.
Seja na tenra idade, seja em idade avançada, para solteiros ou casados, hétero ou homossexuais, o fenômeno masturbatório pode ser comparado à ida ao banheiro para a excreção dos detritos alimentares. Há abusos, sem dúvida, como os há em tudo na existência humana. Os ritmos sexuais podem ser exacerbados, na compulsão, ainda que se não tenha parceiro para a prática. Cada caso é um caso, e, somente com profundo autoconhecimento, a criatura descobre o sistema apropriado ao seu modo de ser, em função do bem-estar geral, da produtividade, da criatividade e do sentimento de equilíbrio íntimo, que constituem alguns dos resultados da vida sexual resolvida.
Quanto ao vampirismo, pode acontecer também na vida afetiva a dois, sempre que os desajustes da perversão e da promiscuidade invoquem, para a alcova do casal, presenças extrafísicas de baixo calão vibratório, pelo próprio diapasão de desequilíbrio em que se expressam em seu momento de intimidade.
Benjamin: Que bom, Eugênia! Creio que estas suas colocações esclarecedoras vão ajudar muitas pessoas. Entretanto, você aludiu a “perversão”, e este conceito me parece muito amplo e difuso, pelo mesmo motivo de os preconceitos adentrarem este departamento valorativo. Temos muita dificuldade em aceitar e conviver com nosso lado animal, e muitos são os que têm vergonha e não se soltam em funções elementares de sua própria fisiologia, tudo tendo como sinal de depravação, primitivismo e imoralidade. O que você quis dizer por “perversão”? Digo, porque, inclusive, na temática “masturbação”, está em jogo, normalmente, o fator “fantasia”, que pode incluir itens que não sejam desejados também na relação concretizada a dois - estou certo?
Eugênia: O tema é muito complexo, e, sem dúvida, não o esgotaremos nesta nossa primeira fala a respeito. Por outro lado, não somos autorizados por Nossos Maiores, ainda, a discorrer abertamente sobre o assunto, porque mentes menos amadurecidas, levianas, despreparadas para nos ouvir, poderiam fazer mau uso de nossas afirmações. O que podemos dizer é que tudo que lese física, emocional ou moralmente alguém pode ser enquadrado no capítulo “perversão”, ao passo que tudo quanto promova o bem-estar biopsíquico, o crescimento psicológico e a boa relação entre as criaturas não pode ser considerado como distúrbio moral ou patologia psíquica.
O quesito “fantasia” é ainda mais intrincado, porque, freqüentemente, melhor que se liberem certos conteúdos indesejados (e ainda não de todo domesticáveis) da psique, por meio das ferramentas imagéticas, do que fazê-los colapsarem no próprio comportamento, em surtos que se chamam, em psicologia junguiana, de “possessão pela sombra” (*). Os princípios de civilização, entretanto, devem sempre reger tais processos mentais, na promoção da educação e da melhoria progressiva dos indivíduos, dos mais ínfimos aos maiores gestos, dos mais secretos aos públicos. A gerência de tais impulsos - que, como disse, não podem, em sua totalidade, ser de pronto sublimados - corre por conta da responsabilidade de cada um, em função do próprio e do bem comum.
Benjamin: Algo mais desejaria dizer, por ora?
Eugênia: Que se procure, em tudo, o ponto de vista do bom senso, do equilíbrio, da visão de conjunto, e dificilmente se incorrerá em erros graves de conduta, seja consigo mesmo, seja nas relações interpessoais.
(*) Quem não já se viu fazendo ou dizendo o que não desejaria? Fácil atribuírem-se tais inconveniências à influência de entidades malévolas ou viciosas da outra dimensão de vida. Mas a questão é que, ainda que isto seja verdadeiro, no caso em foco, quais os motivos por que, em dada circunstância, abrimos guarda moral a tais vetores de indução do comportamento? (Nota do Médium)
Masturbação - Mitos e Conseqüências Segundo o Espiritismo
http://www.batuira.org.br/?pag=artigo26
Jorge Luiz Hessen *
Muitas pessoas vivem angústias profundas em torno das diretrizes comportamentais na área sexual e isso é compreensível em nosso estágio de humanidade. Por isso, escrevemos alguns argumentos sobre o tema, a fim de que possamos com a Doutrina espírita aprender um pouco mais.
O Espiritismo explica baseado no livre-arbítrio, no percurso de vidas anteriores e na evolução moral de cada um, como estes assuntos devem ser tratados. Lembrando sempre que “cada caso é um caso e muito particular”.
Uma dessas ansiedades é a masturbação, que segundo Sigmund Freud, é envolvida em muito preconceito, graças ao dogmatismo religioso que estigmatiza a sexualidade. Vai distante a época em que se decretava que a masturbação conduzia à loucura e ao inferno. Normal no adolescente que está descobrindo a sexualidade, freqüente nos corações solitários, o problema é que ela favorece a viciação, aguçando o psiquismo do indivíduo com sensualidade avivada. Por outro lado, obsta a sublimação das energias sexuais, quando as circunstâncias nos convocam à castidade, incitando-nos a canalizá-las para as realizações mais enobrecedoras. Vale dizer: há uma energia sexual que precisa ser controlada, não necessariamente através da prática sexual, mas direcioná-la a outras atividades, inclusive a prática da caridade.
A consciência nos sussurra que relação sexual presume dois parceiros. O auto-erotismo não deixa de ser uma busca de “prazer” egoísta, por isso mesmo, toda prudência é imprescindível. Na área sexual, urge vigilância permanente, pois, na maioria das vezes ao se masturbar, a criatura não está tão solitária como imagina. Espíritos das sombras, viciados no sexo, muitas vezes estimulam este vício solitário, prejudicando casais quando o parceiro opta por masturbar-se. Entretanto, mister considerar que cada caso é um caso, sem desconsiderar jamais que o equilíbrio e a disciplina mental precisam ser alcançados. Por isso o Espírito Emmanuel, no livro "O Consolador", questão 184, psicografado por Chico Xavier, orienta-nos que, “ao invés da educação sexual pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo”.
O uso indevido de qualquer função sexual produz distúrbios, desajustes, carências, que somente a educação do hábito consegue harmonizar. Afinal, o homem não é apenas um feixe de sensações, mas, também, de emoções, que podem e devem ser dirigidas para objetivos que o promovam, nos quais centralize os seus interesses, motivando-o a esforços que serão compensados pelos resultados benéficos.
A vida saudável na esfera do sexo decorre da disciplina, da canalização correta das energias, da ação física: pelo trabalho, pelos desportos, pelas conversações edificantes que proporcionam resistência contra os arrastamentos da sensualidade, auxiliando o indivíduo na conduta. Muitas pessoas consideram o prazer apenas como sendo uma expressão da lascívia, e se esquecem daquele que decorre dos ideais conquistados, da beleza que se expande em toda parte e pode ser contemplada, das encantadoras alegrias do sentimento afetuoso, sem posse, sem exigência, sem o condicionamento carnal.
Será que devemos depreender que o Espiritismo proíbe toda a atividade sexual?! De modo algum. O Espiritismo nada proíbe. Deixa ao livre-arbítrio, à decisão consciente de cada um a atitude a tomar. Limita-se a dar orientação e a demonstrar que atitudes mal tomadas dão intranqüilidade e insatisfação e coloca-nos perante a realidade e vantagens do uso consciente da vida.
A Doutrina Espírita apresenta a sexualidade despida da conotação religiosa dogmática que consagrou o sexo pecaminoso, sujo, proibido e demoníaco. Todavia, não legitima o enquadramento da sociedade atual que consubstanciou o sexo como objeto de consumo, devasso e trivial. A proposta espiritista é da energia criadora que necessita estar sedimentada pela lógica e pelo sentimento, pelo respeito e entendimento, pela fidelidade e amor, a fim de propiciar a excelsitude e a paz, ou seja, “Um sexo para a vida e não uma vida para o sexo!”
Para Emmanuel, no livro “Vida e Sexo”, diante das proposições a respeito do sexo, é justo sintetizar-se todas as digressões possíveis nas seguintes normas: não proibição, mas educação; não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo; não indisciplina, mas controle; não impulso livre, mas responsabilidade. Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência. Sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um.
Ninguém se burila de um dia para outro. Conversões religiosas exteriores não alteram, de improviso, os impulsos do coração. Achamo-nos muito longe da meta para alcançar o projeto de acrisolamento sexual. A rigor, nenhum de nós consegue se conhecer tão exatamente, a ponto de saber, hoje, qual o tamanho da experiência afetiva que nos aguarda no futuro. Não há como penetrarmos nas consciências alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso particular, no que tange ao amor, reclamando compreensão. Em face disso, muitos de nossos erros imaginários na Terra são caminhos certos para o bem, ao passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nos desvencilharemos, um dia!...
A energia sexual, como recurso da lei de atração, na perpetuidade do Universo, é inerente à própria vida, gerando cargas magnéticas em todos os seres, face às potencialidades criativas de que se reveste. À medida que a individualidade evolui, passa a compreender que a energia sexual envolve o impositivo de discernimento e responsabilidade em sua aplicação. Por isso mesmo, deve estar controlada por valores morais que lhe garantam o emprego digno, seja na criação de formas físicas, asseguradora da família, ou na criação de obras beneméritas da sensibilidade e da cultura para a reprodução e extensão do progresso e da experiência, da beleza e do amor, na evolução e burilamento da vida no Planeta.
Nas ligações afetivas terrenas encontramos as grandes alegrias. No entanto, é também dentro delas que somos habitualmente defrontados pelas mais duras provações. Embora não percebamos de imediato, recebemos, quase sempre, no companheiro ou na companheira da vida íntima, os nossos próprios reflexos.
Analisemos o matrimônio, por exemplo, que pode perfeitamente ser precedido de doçura e esperança, mas isso não impede que os dias subseqüentes, em sua marcha incessante, tragam aos cônjuges os resultados das próprias criações que deixaram para trás. Parceiro e parceira, nos compromissos do lar, precisam reaprender na escola do amor, reconhecendo que, acima da conjunção corpórea, fácil de se concretizar, é imperioso que a dupla se case, em espírito - sempre mais em espírito -, dia por dia. Até porque extinta a fogueira da paixão na retorta da organização doméstica, remanesce da combustão o ouro vivo do amor puro, que se valoriza, cada vez mais, de alma para alma, habilitando o casal para mais altos destinos na Vida Superior, até porque é o Espírito quem ama e não o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade que transcende à vida física.
Urge considerar que a Vontade de Deus, na essência, é o dever em sua mais alta expressão traçado para cada um de nós, no tempo chamado "hoje". E se o "hoje" jaz viçado de complicações e problemas, a repontarem do "ontem", depende de nós a harmonia ou o desequilíbrio do "amanhã". Destarte, o instinto sexual, exprimindo amor em expansão incessante, nasce nas profundezas da vida, orientando os processos da evolução.
Importa considerar que diante do sexo, não nos achamos, de nenhum modo, à frente de um despenhadeiro para as trevas, mas perante a fonte viva das energias em que a Sabedoria do Universo situou o laboratório das formas físicas e a usina dos estímulos espirituais mais intensos para a execução das tarefas que esposamos, em regime de colaboração mútua, visando ao rendimento do progresso e do aperfeiçoamento entre os homens.
Cada homem e cada mulher que ainda não se angelizou ou que não se encontre em processo de bloqueio das possibilidades criativas, no corpo ou na alma, traz, evidentemente, maior ou menor percentagem de anseios sexuais, a se expressarem por sede de apoio afetivo. É claramente nas lavras da experiência, errando e acertando e tornando a errar para acertar com mais segurança, que cada um de nós - os filhos de Deus em evolução na Terra - conseguirá sublimar os sentimentos que nos são próprios, de modo a nos erguer, em definitivo, para a conquista da felicidade celeste e do Amor Universal.
* Jorge Luiz Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. É Servidor Público Federal lotado no INMETRO de Brasília; Formação acadêmica: Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História, Escritor (dois livros publicados) Jornalista e articulista com vários artigos publicados na Revista O médium de Juiz de Fora, Reformador da FEB, O Espírita de Brasília (pertence ao conselho editor), do Jornal da Federação de Mato Grosso e do Jornal da FEDERAÇÃO DO DF. Artigo gentilmente oferecido para publicação no site do Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental. Mais artigos podem ser acessado no site http://meuwebsite.com.br/jorgehessen.
Jorge Luiz Hessen *
Muitas pessoas vivem angústias profundas em torno das diretrizes comportamentais na área sexual e isso é compreensível em nosso estágio de humanidade. Por isso, escrevemos alguns argumentos sobre o tema, a fim de que possamos com a Doutrina espírita aprender um pouco mais.
O Espiritismo explica baseado no livre-arbítrio, no percurso de vidas anteriores e na evolução moral de cada um, como estes assuntos devem ser tratados. Lembrando sempre que “cada caso é um caso e muito particular”.
Uma dessas ansiedades é a masturbação, que segundo Sigmund Freud, é envolvida em muito preconceito, graças ao dogmatismo religioso que estigmatiza a sexualidade. Vai distante a época em que se decretava que a masturbação conduzia à loucura e ao inferno. Normal no adolescente que está descobrindo a sexualidade, freqüente nos corações solitários, o problema é que ela favorece a viciação, aguçando o psiquismo do indivíduo com sensualidade avivada. Por outro lado, obsta a sublimação das energias sexuais, quando as circunstâncias nos convocam à castidade, incitando-nos a canalizá-las para as realizações mais enobrecedoras. Vale dizer: há uma energia sexual que precisa ser controlada, não necessariamente através da prática sexual, mas direcioná-la a outras atividades, inclusive a prática da caridade.
A consciência nos sussurra que relação sexual presume dois parceiros. O auto-erotismo não deixa de ser uma busca de “prazer” egoísta, por isso mesmo, toda prudência é imprescindível. Na área sexual, urge vigilância permanente, pois, na maioria das vezes ao se masturbar, a criatura não está tão solitária como imagina. Espíritos das sombras, viciados no sexo, muitas vezes estimulam este vício solitário, prejudicando casais quando o parceiro opta por masturbar-se. Entretanto, mister considerar que cada caso é um caso, sem desconsiderar jamais que o equilíbrio e a disciplina mental precisam ser alcançados. Por isso o Espírito Emmanuel, no livro "O Consolador", questão 184, psicografado por Chico Xavier, orienta-nos que, “ao invés da educação sexual pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo”.
O uso indevido de qualquer função sexual produz distúrbios, desajustes, carências, que somente a educação do hábito consegue harmonizar. Afinal, o homem não é apenas um feixe de sensações, mas, também, de emoções, que podem e devem ser dirigidas para objetivos que o promovam, nos quais centralize os seus interesses, motivando-o a esforços que serão compensados pelos resultados benéficos.
A vida saudável na esfera do sexo decorre da disciplina, da canalização correta das energias, da ação física: pelo trabalho, pelos desportos, pelas conversações edificantes que proporcionam resistência contra os arrastamentos da sensualidade, auxiliando o indivíduo na conduta. Muitas pessoas consideram o prazer apenas como sendo uma expressão da lascívia, e se esquecem daquele que decorre dos ideais conquistados, da beleza que se expande em toda parte e pode ser contemplada, das encantadoras alegrias do sentimento afetuoso, sem posse, sem exigência, sem o condicionamento carnal.
Será que devemos depreender que o Espiritismo proíbe toda a atividade sexual?! De modo algum. O Espiritismo nada proíbe. Deixa ao livre-arbítrio, à decisão consciente de cada um a atitude a tomar. Limita-se a dar orientação e a demonstrar que atitudes mal tomadas dão intranqüilidade e insatisfação e coloca-nos perante a realidade e vantagens do uso consciente da vida.
A Doutrina Espírita apresenta a sexualidade despida da conotação religiosa dogmática que consagrou o sexo pecaminoso, sujo, proibido e demoníaco. Todavia, não legitima o enquadramento da sociedade atual que consubstanciou o sexo como objeto de consumo, devasso e trivial. A proposta espiritista é da energia criadora que necessita estar sedimentada pela lógica e pelo sentimento, pelo respeito e entendimento, pela fidelidade e amor, a fim de propiciar a excelsitude e a paz, ou seja, “Um sexo para a vida e não uma vida para o sexo!”
Para Emmanuel, no livro “Vida e Sexo”, diante das proposições a respeito do sexo, é justo sintetizar-se todas as digressões possíveis nas seguintes normas: não proibição, mas educação; não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo; não indisciplina, mas controle; não impulso livre, mas responsabilidade. Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência. Sem isso, será enganar-nos, lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um.
Ninguém se burila de um dia para outro. Conversões religiosas exteriores não alteram, de improviso, os impulsos do coração. Achamo-nos muito longe da meta para alcançar o projeto de acrisolamento sexual. A rigor, nenhum de nós consegue se conhecer tão exatamente, a ponto de saber, hoje, qual o tamanho da experiência afetiva que nos aguarda no futuro. Não há como penetrarmos nas consciências alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso particular, no que tange ao amor, reclamando compreensão. Em face disso, muitos de nossos erros imaginários na Terra são caminhos certos para o bem, ao passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nos desvencilharemos, um dia!...
A energia sexual, como recurso da lei de atração, na perpetuidade do Universo, é inerente à própria vida, gerando cargas magnéticas em todos os seres, face às potencialidades criativas de que se reveste. À medida que a individualidade evolui, passa a compreender que a energia sexual envolve o impositivo de discernimento e responsabilidade em sua aplicação. Por isso mesmo, deve estar controlada por valores morais que lhe garantam o emprego digno, seja na criação de formas físicas, asseguradora da família, ou na criação de obras beneméritas da sensibilidade e da cultura para a reprodução e extensão do progresso e da experiência, da beleza e do amor, na evolução e burilamento da vida no Planeta.
Nas ligações afetivas terrenas encontramos as grandes alegrias. No entanto, é também dentro delas que somos habitualmente defrontados pelas mais duras provações. Embora não percebamos de imediato, recebemos, quase sempre, no companheiro ou na companheira da vida íntima, os nossos próprios reflexos.
Analisemos o matrimônio, por exemplo, que pode perfeitamente ser precedido de doçura e esperança, mas isso não impede que os dias subseqüentes, em sua marcha incessante, tragam aos cônjuges os resultados das próprias criações que deixaram para trás. Parceiro e parceira, nos compromissos do lar, precisam reaprender na escola do amor, reconhecendo que, acima da conjunção corpórea, fácil de se concretizar, é imperioso que a dupla se case, em espírito - sempre mais em espírito -, dia por dia. Até porque extinta a fogueira da paixão na retorta da organização doméstica, remanesce da combustão o ouro vivo do amor puro, que se valoriza, cada vez mais, de alma para alma, habilitando o casal para mais altos destinos na Vida Superior, até porque é o Espírito quem ama e não o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade que transcende à vida física.
Urge considerar que a Vontade de Deus, na essência, é o dever em sua mais alta expressão traçado para cada um de nós, no tempo chamado "hoje". E se o "hoje" jaz viçado de complicações e problemas, a repontarem do "ontem", depende de nós a harmonia ou o desequilíbrio do "amanhã". Destarte, o instinto sexual, exprimindo amor em expansão incessante, nasce nas profundezas da vida, orientando os processos da evolução.
Importa considerar que diante do sexo, não nos achamos, de nenhum modo, à frente de um despenhadeiro para as trevas, mas perante a fonte viva das energias em que a Sabedoria do Universo situou o laboratório das formas físicas e a usina dos estímulos espirituais mais intensos para a execução das tarefas que esposamos, em regime de colaboração mútua, visando ao rendimento do progresso e do aperfeiçoamento entre os homens.
Cada homem e cada mulher que ainda não se angelizou ou que não se encontre em processo de bloqueio das possibilidades criativas, no corpo ou na alma, traz, evidentemente, maior ou menor percentagem de anseios sexuais, a se expressarem por sede de apoio afetivo. É claramente nas lavras da experiência, errando e acertando e tornando a errar para acertar com mais segurança, que cada um de nós - os filhos de Deus em evolução na Terra - conseguirá sublimar os sentimentos que nos são próprios, de modo a nos erguer, em definitivo, para a conquista da felicidade celeste e do Amor Universal.
* Jorge Luiz Hessen é natural do Rio de Janeiro, nascido em 18/08/1951. É Servidor Público Federal lotado no INMETRO de Brasília; Formação acadêmica: Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História, Escritor (dois livros publicados) Jornalista e articulista com vários artigos publicados na Revista O médium de Juiz de Fora, Reformador da FEB, O Espírita de Brasília (pertence ao conselho editor), do Jornal da Federação de Mato Grosso e do Jornal da FEDERAÇÃO DO DF. Artigo gentilmente oferecido para publicação no site do Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental. Mais artigos podem ser acessado no site http://meuwebsite.com.br/jorgehessen.
Maria de Nazaré
Na última reunião do grupo de estudos, nosso tutor Osmar mencionou que no início de seu estudo, batia muito de frente com sua mãe que é uma católica ferforosa, sobre o culto de imagens como a de Maria no Círio. Mencionou que parou de bater de frente com ela, depois da leitura pesada e dolorosa de "Memórias de um suicida", onde está descrito, que Maria de Nazaré coordena a legião que toma conta dos suicidas. Achei diversas menções a isso na web. Abaixo uma delas:
http://adocemariadenazare.blogspot.com/2004/11/notcias-de-maria-me-de-jesus.html
...
No livro mediúnico Memórias de um Suicida inteiramo-nos da notável e completa assistência aos suicidas, em profundo sofrimento no Além , pela Legião dos Servos de Maria, chefiada pelo grande Espírito Maria de Nazaré, ser angélico e sublime que na Terra mereceu a missão honrosa de seguir, com solicitudes maternais, Aquele que foi o redentor dos homens!
...
http://adocemariadenazare.blogspot.com/2004/11/notcias-de-maria-me-de-jesus.html
...
No livro mediúnico Memórias de um Suicida inteiramo-nos da notável e completa assistência aos suicidas, em profundo sofrimento no Além , pela Legião dos Servos de Maria, chefiada pelo grande Espírito Maria de Nazaré, ser angélico e sublime que na Terra mereceu a missão honrosa de seguir, com solicitudes maternais, Aquele que foi o redentor dos homens!
...
sábado, 10 de outubro de 2009
Filme "Defending Your Life" em português "Um visto para o Céu" (1991)
Mais um filminho sobre reencarnação e o processo intermediário entre o retorno. Sempre achei um filme muito engraçado, sobre a visão de conforme procedemos aqui, no momento do julgamento iremos para um hotel cinco estrelas ou um hotel três estrelas. No julgamento as pessoas aplaudem seus atos ou nos olham com desinteresse e reprovação. Mais uma comédia romântica espiritual.
Sinopse: Esse era um ônibus que Daniel Miller não se importaria em perder! Quando dirigia despreocupadamente pelas ruas de Los Angeles...Pimba! Trombou em cheio em um ônibus. Mas para quem pensa que seus problemas terminaram, basta tentar conseguir Um Visto para o Céu.Meryl Streep (duas vezes ganhadora do Oscar) e Albert Brooks (escritor, diretor e ator de filmes como Relax) oferecem, juntos, uma doce visão do que é a vida após a morte. Mas tudo tem um preço: se você não conseguir provar que tentou encarar seus medos em vida, volta direto para a Terra para começar tudo de novo. A Vida de Daniel sempre esteve longe de ser uma existência bem vivida. Mas depois que ele se encontra com a inesquecível Julia (Streep), ele está mais do que decidido a não voltar. Sim, existe humor após a morte!
Trailler: http://www.youtube.com/watch?v=S69kdO6VYeE
No YouTube há o filme inteiro em partes de 10 min. Aqui a primeira e segunda partes. Um bom exercício de inglês. Sem legendas:
Parte 1/13:
Parte 2/13:
Até Logo.
Sinopse: Esse era um ônibus que Daniel Miller não se importaria em perder! Quando dirigia despreocupadamente pelas ruas de Los Angeles...Pimba! Trombou em cheio em um ônibus. Mas para quem pensa que seus problemas terminaram, basta tentar conseguir Um Visto para o Céu.Meryl Streep (duas vezes ganhadora do Oscar) e Albert Brooks (escritor, diretor e ator de filmes como Relax) oferecem, juntos, uma doce visão do que é a vida após a morte. Mas tudo tem um preço: se você não conseguir provar que tentou encarar seus medos em vida, volta direto para a Terra para começar tudo de novo. A Vida de Daniel sempre esteve longe de ser uma existência bem vivida. Mas depois que ele se encontra com a inesquecível Julia (Streep), ele está mais do que decidido a não voltar. Sim, existe humor após a morte!
Trailler: http://www.youtube.com/watch?v=S69kdO6VYeE
No YouTube há o filme inteiro em partes de 10 min. Aqui a primeira e segunda partes. Um bom exercício de inglês. Sem legendas:
Parte 1/13:
Parte 2/13:
Até Logo.
Enfrenta e vence a tentação
“Bem-aventurado o homem que sofre a tentação”, Tiago – 1:12.
É, natural que, enquanto nosso barco navega pelas águas turvas da inferioridade, não poderemos nos furtar aos ásperos conflitos interiores que travamos em nosso caminho diário. Principalmente quando estamos na esfera da matéria física, por isso mesmo, cada oportunidade que nos surge de crescimento na esfera da Alma, pede-nos atenção e trabalho na modificação interior no empenho em nossa melhoria e transformação, dessa forma, não devemos nos descuidar do empenho em analisar cada dificuldade que nos aparece no caminho evolutivo que ora trilhamos, obstando-nos o progresso iluminativo.
Acontece, que para cada desejo de claridade que ansiamos desenvolver, temos que enfrentar as pesadas sombras dos equívocos de milênios de construção da nossa bagagem espiritual que trazemos de uma inditosa semeadura do preterido equivocado de outrora; de encontro as mais humildes aspirações de crescimento moral, de ação no bem, apresentam-se as vigorosas ações delituosas dos séculos em que nos comprazíamos nas atitudes infelizes, perniciosas, no trabalho insano do crescimento do mal.
É, em razão desse nosso procedimento milenar nas ações despendidas de forma desonesta, injusta, desrespeitosa etc, em prol das riquezas da matéria, sem dar a mínima importância às riquezas do espírito Imortal, que estaremos nos defrontando a todo momento, com as bênçãos que nos chegam do Alto, e ao mesmo tempo com as tentações de todos os matizes que ainda nos são tão familiares pelas tendências que exteriorizamos através dos pensamentos doentios em desequilíbrios constantes.
Muitas vezes nos acreditamos preparados para vencer os dragões da animalidade que nos rodeiam em todas as situações em que tomamos parte ao longo dos nossos dias, no entanto ao contato com essas tentações, voltamos a cair em pontos que já nos considerávamos capazes de vencer sem grandes dificuldades, fazendo-nos voltar à estaca zero e recomeçar o combate.
E, nem mesmo a morte física nos isenta dos atritos com as trevas, visto que as raízes dos males por nós engendrados, nos comprometem desde muitos séculos passados, cobrando-nos reparação e equilíbrio com as Leis Divinas, anteriormente infringidas, que a ninguém isenta de quitação, e mais ainda, nos exige a nossa participação na obra infinita e perfeita de regeneração da humanidade que nos cabe desempenhar, como co-criadores que todos somos .
Só a “morte” da imperfeição em nós, nos livrará da sombra das trevas, fazendo brilhar nossa Luz, clareando por fim, a estrada que palmilhamos, dando-nos oportunidade de caminharmos de forma segura e a passos largos no rumo da perfeição relativa a que estamos todos destinados pela Soberana Sabedoria do Universo. Por isso é que, só alcançaremos total libertação das amarras do mal, quando atingirmos por nossos próprios méritos a “Plena Luz”.
Dediquemo-nos pois, de maneira confiante, com disposição e disciplina, na construção de uma nova lavoura positiva, alicerçada nos ensinos de Jesus, semeando as boas sementes em derredor dos nossos passos, cientes de que as insinuações malignas das trevas nos estarão espreitando em toda a parte, enquanto jornadearmos sem a preocupação com as realizações nobilitantes do bem em nossas ações diárias.
O apóstolo Paulo, entendendo a grandeza do assunto, proclama: “Bem-aventurado aquele que sofre a tentação”. Pois sabia ser impossível, por enquanto, qualquer vitória absoluta da humanidade no atual estágio de moralidade em que se encontra, pois ainda estamos muito distantes da condição Angélica; entretanto, “bem-aventurados” serão tantos quantos sofrerem esse gênero de lutas, buscando o controle dos impulsos primitivistas de outrora, aprimorando e aperfeiçoando os sentimentos pouco a pouco, à custa do esforço próprio, não se entregando sem lutas às sugestões da inferioridade milenar que nos desejam manter como vivos instrumentos do mal, arrojando-nos de encontro aos sofrimentos e à infelicidade.
Fontes: Epístola de Tiago, Cap. 1 v.12
O Céu e o inferno, 1ª Parte –Cap. III.
É, natural que, enquanto nosso barco navega pelas águas turvas da inferioridade, não poderemos nos furtar aos ásperos conflitos interiores que travamos em nosso caminho diário. Principalmente quando estamos na esfera da matéria física, por isso mesmo, cada oportunidade que nos surge de crescimento na esfera da Alma, pede-nos atenção e trabalho na modificação interior no empenho em nossa melhoria e transformação, dessa forma, não devemos nos descuidar do empenho em analisar cada dificuldade que nos aparece no caminho evolutivo que ora trilhamos, obstando-nos o progresso iluminativo.
Acontece, que para cada desejo de claridade que ansiamos desenvolver, temos que enfrentar as pesadas sombras dos equívocos de milênios de construção da nossa bagagem espiritual que trazemos de uma inditosa semeadura do preterido equivocado de outrora; de encontro as mais humildes aspirações de crescimento moral, de ação no bem, apresentam-se as vigorosas ações delituosas dos séculos em que nos comprazíamos nas atitudes infelizes, perniciosas, no trabalho insano do crescimento do mal.
É, em razão desse nosso procedimento milenar nas ações despendidas de forma desonesta, injusta, desrespeitosa etc, em prol das riquezas da matéria, sem dar a mínima importância às riquezas do espírito Imortal, que estaremos nos defrontando a todo momento, com as bênçãos que nos chegam do Alto, e ao mesmo tempo com as tentações de todos os matizes que ainda nos são tão familiares pelas tendências que exteriorizamos através dos pensamentos doentios em desequilíbrios constantes.
Muitas vezes nos acreditamos preparados para vencer os dragões da animalidade que nos rodeiam em todas as situações em que tomamos parte ao longo dos nossos dias, no entanto ao contato com essas tentações, voltamos a cair em pontos que já nos considerávamos capazes de vencer sem grandes dificuldades, fazendo-nos voltar à estaca zero e recomeçar o combate.
E, nem mesmo a morte física nos isenta dos atritos com as trevas, visto que as raízes dos males por nós engendrados, nos comprometem desde muitos séculos passados, cobrando-nos reparação e equilíbrio com as Leis Divinas, anteriormente infringidas, que a ninguém isenta de quitação, e mais ainda, nos exige a nossa participação na obra infinita e perfeita de regeneração da humanidade que nos cabe desempenhar, como co-criadores que todos somos .
Só a “morte” da imperfeição em nós, nos livrará da sombra das trevas, fazendo brilhar nossa Luz, clareando por fim, a estrada que palmilhamos, dando-nos oportunidade de caminharmos de forma segura e a passos largos no rumo da perfeição relativa a que estamos todos destinados pela Soberana Sabedoria do Universo. Por isso é que, só alcançaremos total libertação das amarras do mal, quando atingirmos por nossos próprios méritos a “Plena Luz”.
Dediquemo-nos pois, de maneira confiante, com disposição e disciplina, na construção de uma nova lavoura positiva, alicerçada nos ensinos de Jesus, semeando as boas sementes em derredor dos nossos passos, cientes de que as insinuações malignas das trevas nos estarão espreitando em toda a parte, enquanto jornadearmos sem a preocupação com as realizações nobilitantes do bem em nossas ações diárias.
O apóstolo Paulo, entendendo a grandeza do assunto, proclama: “Bem-aventurado aquele que sofre a tentação”. Pois sabia ser impossível, por enquanto, qualquer vitória absoluta da humanidade no atual estágio de moralidade em que se encontra, pois ainda estamos muito distantes da condição Angélica; entretanto, “bem-aventurados” serão tantos quantos sofrerem esse gênero de lutas, buscando o controle dos impulsos primitivistas de outrora, aprimorando e aperfeiçoando os sentimentos pouco a pouco, à custa do esforço próprio, não se entregando sem lutas às sugestões da inferioridade milenar que nos desejam manter como vivos instrumentos do mal, arrojando-nos de encontro aos sofrimentos e à infelicidade.
Fontes: Epístola de Tiago, Cap. 1 v.12
O Céu e o inferno, 1ª Parte –Cap. III.
Pai Nosso
Pai Nosso que estais nos Céus,
santificado seja o vosso Nome,
vinde a nós o vosso Reino,
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal.
Amém.
santificado seja o vosso Nome,
vinde a nós o vosso Reino,
seja feita a vossa vontade
assim na terra como no Céu.
O pão nosso de cada dia nos dai hoje,
perdoai-nos as nossas ofensas
assim como nós perdoamos
a quem nos tem ofendido,
e não nos deixeis cair em tentação,
mas livrai-nos do Mal.
Amém.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
O Médium e o Sexo
As discussões sobre a sexualidade e como ela pode afetar o médium são mais importantes do que se imagina. Mais que isso, o tema sexual não pode ficar afastado das considerações de todos os espíritas, e deve ser discutido sem preconceitos e sem medo.
Aluney Elferr
Para se falar em relação sexual e energia procriadora, faz-se necessário mencionar algumas das informações trazidas até nós pelo espírito André Luiz sobre as funções da epífise.
Ela reativa as forças criadoras no ser humano, aproximadamente aos 14 anos. No período do desenvolvimento infantil, permanece em fase de reajustamento, absorvendo novos reflexos e ensinamentos que são ministrados nessa fase da vida, e que farão frente ou que vão se somar às colheitas das vidas passadas, que ressurgirão, de acordo com a vontade, sob fortes impulsos.
Por esse motivo, a epífise é denominada a glândula da vida espiritual. Ela funciona como uma usina, fonte geradora de elementos psíquicos ou “unidades força”, necessárias à fecundação das diversas formas da criação. Pode ser direcionada para a fecundação dos mais nobres valores da divindade ou utilizada para a orgia dos prazeres das criaturas terrestres.
Em nosso meio ainda existem vários resquícios de tabu no que diz respeito a conversações sobre o sexo. No entanto, fazendo parte da vida, o espírita estudioso não pode deixar de estudá-lo e analisá-lo de forma natural, para que seja bem compreendido e orientado. Os tempos em que essa manifestação de afeto e amor, no que diz respeito ao sexo verdadeiro, era “pecaminosa”, já passaram e seguramente não deverão mais voltar.
O sexo não é patrimônio exclusivo da humanidade terrestre; é tesouro divino em todos os mundos no universo infinito. Para as criaturas humanas, que ainda estão distantes da compreensão e vivência das Leis Divinas, permanece num quadro triste de ignorância, perversão e desequilíbrio.
Na existência humana, o sexo pode ser um dos instrumentos do amor, sem que o amor seja sexo.
O INSTINTO SEXUAL É PODEROSA FORÇA DE ATRAÇÃO, UNINDO OS CORPOS FÍSICOS, reencontrando as almas para resgates de débitos, dirigindo os homens para conquistas e objetivos da Lei Suprema: o amor, a felicidade e a harmonia.
Mesmo com a pobreza de valores íntimos, o homem caminha, embora lentamente, em direção ao objetivo maior do Criador, que é o progresso e a perfeição. Não podemos confundir sexo e amor, pois enquanto o sexo é força instintiva ou inconsciente, o amor é energia consciente e espontânea. Todavia, sexo sem amor é pobre e pequeno, quando não, promíscuo.
Em experiências afetivas, o homem costuma ver a energia instintiva sexual como sendo amor, e isso tem promovido quase todas as uniões de homens e mulheres na Terra. Constantemente, observamos muitos lares desabados porque só havia energia instintiva sexual e nenhum amor. Na Terra, o amor ainda é uma aspiração da eternidade, encravada no egoísmo, nos interesses, na ilusão, e na fome de prazeres que fantasiamos como sendo a Virtude Celeste.
Desejo e sentimento de posse não significam amor.
Para um bom relacionamento, faz-se necessário buscarmos o que nos ensina o evangelho de Jesus Cristo: “Devemos amar sem nos preocupar em sermos amados”.
Para alcançarmos o amor sublime devemos cultivar a semente da humildade, da bondade, da paciência, do perdão, da tolerância, da indulgência, da ternura, da delicadeza, da renúncia e do entendimento. Sem os tesouros da fé sincera, essas plantas divinas não germinarão no canteiro do coração; vão sucumbir antes do tempo, alastrando a desarmonia, a delinqüência e os crimes. Sem falar na ampliação dos débitos e no adiamento dos resgates anteriores para reencarnações futuras, quase sempre acrescidas de dores e sofrimentos, para o nosso bem.
O MÉDIUM ATENTO DEVE SE PREOCUPAR COM ESSAS QUESTÕES e, acima de tudo, tratá-las com naturalidade pois, sendo o sexo um mecanismo de evolução, seu abuso poderá contribuir para a decadência moral.
Ainda se questiona sobre o sexo e a prática mediúnica. Poderá o médium praticá-la em dias de atividades ou não? E possível conciliar as duas coisas? Receberei mensagens espirituais se praticar sexo no dia da atividade? E como ficam aquelas pessoas que trabalham em práticas mediúnicas todos os dias na casa espírita e que também são casadas?
Todas essas questões devem ser tratadas com simplicidade e autenticidade. A nosso ver, sendo o sexo algo natural em nossa escala evolutiva, o médium poderá praticá-lo sem problemas – o sexo com amor – com o seu ou a sua cônjuge, sem que isso prejudique a prática mediúnica. Conforme sabemos, o sexo é uma troca de energias entre seres que o praticam com respeito e amor. Assim, como poderá fazer mal a algum médium?
Mas se fala muito da fadiga energética do médium quando pratica sexo. A lógica nos mostra que, quando existe troca de energias, não existe fadiga. Falamos aqui da troca calorosa e sincera de energias; não falamos de sexo desvairado com parceiros estranhos, a cada momento. No entanto, mesmo que seja só com uma parceira ou parceiro, se a prática for constante e desvairada, haverá, sim, fadiga. Compreendemos que tudo o que extrapola o natural e passa a ser exagerado, tem muito a prejudicar.
Cabe ainda uma pergunta. Se o médium está com muita vontade de ter relações afeto-sexuais com o parceiro e não pratica, mas fica com isso na cabeça o tempo todo, não atrapalharia ainda mais a prática de sua tarefa? Achamos que sim, pois o pior de tudo é manter o sexo na cabeça; a tarefa mediúnica exige concentração do médium.
O SEXO TEM SIDO TÃO AVILTADO PELA MAIORIA DOS HOMENS REENCARNADOS NA CROSTA, que o que observamos na atualidade é a inversão dos valores sublimes da criação divina, transformados em rolo compressor para os interesses da indústria do sexo desvairado. Atualmente, é o item mais divulgado e procurado, com o objetivo de despertar a sensualidade tanto no homem como na mulher, não se importando com os danos que isso certamente vai causar.
O que interessa são os lucros arrecadados e não o cultivo dos valores morais sublimes, que ainda não conseguimos enxergar. A relação sexual entre a maioria dos homens e mulheres terrestres se aproxima demasiadamente das manifestações dessa natureza entre os irracionais, sem qualquer obediência às Leis Divinas. Neste plano de baixas vibrações onde predomina ainda a semi-brutalidade, muitas inteligências admiráveis preferem se demorar em baixas correntes evolutivas. A união sexual entre criaturas que já atingiram grandes elevações é muito diferente. Traduz a permuta sublime de energias perispirituais, simbolizando o alimento divino para a inteligência e para o coração; é força criadora não somente de filhos carnais, mas também de obras e realizações generosas da alma para a vida eterna. A procriação é um serviço que pode ser realizado por aquele que ama, sem ser o objetivo exclusivo das uniões.
Todo ato criador está repleto de sagrados valores da divindade, e são esses valores tão abençoados que, por interesse de mentes enfermiças, conduzem impreterivelmente ao abuso e a orgias de prazeres.
Assim, homens e mulheres, raciocinando numa atmosfera mental caótica, permitem aos obsessores do invisível colocar em prática seus interesses na desintegração familiar e social, bem como em retardar o progresso espiritual, mantendo a grande maioria das criaturas que se afinam com seus ideais sob controle. Com isso, preservam os meios para saciar seus desejos, que não foram corrigidos enquanto encarnados.
O médium deverá ter bastante cautela com essa temática, para poder verdadeiramente colaborar ainda mais com sua conduta mediúnica. Ele já é um necessitado que, agora, reencarna com propósitos nobres de evolução e de restabelecimento da harmonia desarticulada no passado. O sexo não é um bicho-de-sete-cabeças que deva ser tratado pelo médium como um assunto intocável, mas sim, como um assunto do cotidiano, tratado com respeito.
OS HOMENS FIZERAM DO SEXO UM MOTIVO DE ESCÂNDALO, TORNANDO-O UMA COISA IMPURA e repelente. Mas o sexo é uma manifestação do poder criador, das forças produtivas da natureza. O espírita não pode encarar a questão sexual como assunto proibido. O sexo é a própria dialética da criação e existe em todos os reinos da natureza.
O paganismo chegou a fazer do sexo motivo de adoração. Os povos primitivos revelam grande respeito e assumem atitude religiosa diante do sexo. Mas para esses povos, ainda bem próximos da natureza, o sexo não está sujeito aos desregramentos, aos abusos e ao aviltamento que se vê no mundo civilizado. O Cristianismo condenou o sexo e fez dele a fonte de toda a perdição, mas o Espiritismo reconsidera a questão, colocando um meio-termo entre os exageros pagãos e cristãos. O espírita sabe que o sexo é um grande campo de experiências para o espírito em evolução e que é através dele que a lei de reencarnação se processa na vida terrena. Portanto, como considerá-lo impuro e repelente?
Em O Livro dos Espíritos, Kardec comenta: “Os Espíritos se encarnam homens ou mulheres, porque não têm sexo. Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhe oferece provas e deveres especiais e novas ocasiões de adquirir experiências”. Como vemos, o sexo é considerado pelo Espiritismo no seu justo lugar, como um meio de evolução espiritual. Por isso mesmo o espírita não pode continuar a encarar o sexo como o faz o comum dos homens. Não pode abusar do sexo, nem desprezá-lo. Deve antes considerar o seu valor e a sua importância no processo da evolução.
No meio espírita, ainda existe muita prevenção contra os assuntos sexuais. Mas é necessário que essa prevenção seja afastada através de uma compreensão mais precisa do problema. Não há motivo para se fazer do sexo um assunto tabu, mas também não se deve exagerar nesse terreno, pois muitos se escandalizariam. Devemos nos lembrar de que, por milhares de anos, ao longo de sucessivas gerações, o sexo foi considerado, na civilização cristã em que nascemos e vivemos, um campo de depravação, de perdição das criaturas. A simples palavra sexo provoca em muita gente uma situação de ambivalência: interesse oculto e repulsa instintiva. Por isso mesmo a educação sexual deve ser encarada seriamente e não pode ser deixada à margem da pedagogia espírita.
A MAIOR DIFICULDADE PARA A QUESTÃO SEXUAL ESTÁ NO LAR, NA VIDA FAMILIAR. Em geral, os pais espíritas não sabem como preparar os seus filhos para a chamada “revelação do sexo”. O regime do silêncio continua a imperar em nossos lares, criando maiores dificuldades para o esclarecimento da questão. A simples proibição do assunto gera um clima de mistério, aumentando os motivos de desequilíbrio para os adolescentes. Por sua vez, os pais também sofrem de inibições decorrentes de um sistema errado de educação a que estiveram sujeitos.
Na família, a atitude mais acertada é a de não se responder às indagações das crianças com mentiras douradas. Mas também não se deve responder de maneira crua. Seria uma imprudência queremos sair de um sistema de tabus para uma situação de franqueza rude. Há muitas maneiras de fazer a criança sentir que a questão sexual não é nem mais nem menos importante do que as demais. Cada mãe ou pai tem de descobrir a maneira mais conveniente ao seu meio familiar. A regra mais certa é a resposta verdadeira, de maneira indireta. Se a criança perguntar “Como a gente nasce?”, deve-se responder, por exemplo, “Da mesma maneira que os gatinhos”. Começando assim, pouco a pouco, os próprios pais vão descobrindo a técnica de vencer as dificuldades, sem iludir os filhos com lendas e mentiras que criam um ambiente de excitação perigosa.
Nas escolas espíritas, o problema deve ser apresentado com o mesmo cuidado, pois a situação é ainda mais melindrosa: as crianças de uma classe pertencem a diversas famílias, com diferentes costumes. É perigosa a chamada “atitude científica”, geralmente seguida nas escolas pelos professores de ciências. A frieza científica não leva em consideração as sutilezas psicológicas. O ideal é que o assunto seja discutido previamente em reuniões pedagógicas, entre os professores de ciências, de psicologia, de moral e o orientador pedagógico. Na verdade, o problema é mais de pedagogia do que de ciências. O bom pedagogo saberá conduzi-lo com o tato necessário, sem produzir choques perigosos e sem deixar que o assunto caia novamente no plano do mistério.
QUANTO AOS JOVENS, DEVEM PROMOVER CURSOS E SEMINÁRIOS A RESPEITO, sempre com a assistência de um professor experimentado, de moral ilibada e reconhecido bom-senso. Os jovens têm grande necessidade de boa orientação sexual pois estão na fase de maior manifestação dessas exigências e, se não forem bem orientados, poderão cair em lamentáveis complicações.
O jovem espírita, embora esclarecido pela doutrina, não está menos sujeito a desequilíbrios sexuais. Sabemos que esses desequilíbrios têm duas fontes principais: os abusos e vícios do passado, em encarnações desregradas; e as influências de entidades perigosas, muitas vezes ligadas aos jovens pelo passado delituoso. Por isso mesmo, o problema só pode ser tratado de maneira elevada, com grande senso de responsabilidade. Os médicos espíritas podem ser grandes auxiliares das Mocidades Espíritas nesse setor.
Quanto aos espíritas adultos, não estão menos livres do que os jovens. São vítimas de uma educação defeituosa, de um ambiente moral dominado pela hipocrisia em matéria sexual, e trazem as heranças do passado, às vezes agravadas por esse ambiente. No meio espírita, precisam se acostumar a encarar a questão sexual de maneira séria, evitando as atitudes negativas que dão entrada às influências perigosas.
Encarando o sexo sem malícia, como uma função natural e uma necessidade vital, ao mesmo tempo o espírita se corrige e modifica o ambiente em que vive, afastando do mesmo os espíritos viciosos e maliciosos, que não mais encontram pasto para os seus abusos. O melhor meio de afugentar esses espíritos e de encaminhá-los também a uma reforma íntima, é a criação de uma atitude pessoal de respeito pelos problemas sexuais e o cultivo de um ambiente de compreensão elevada no lar.
Essa mesma atitude deve ser levada para os ambientes de trabalho, por mais contaminados que eles se apresentem. O espírita não deve fugir espavorido diante das conversas impróprias, pois com isso demonstraria incompreensão do problema e provocaria maior interesse dos outros em perturbá-los. Mas também não deve estimular essas conversas com sua participação ativa. Sua atitude deve ser de completa naturalidade, de quem conhece o problema e não se espanta com as conversas de mau gosto, mas também de quem não acha motivos para alimentar essas conversas e delas participar. Sempre que possível, e com senso de oportunidade, ele deve procurar mudar os rumos da conversa para assuntos mais aproveitáveis ou mesmo para os aspectos sérios da questão sexual.
NOS CASOS DOLOROSOS DE INVERSÃO SEXUAL, o espírita geralmente se vê em dificuldade. O mais certo é apelar para os conhecimentos doutrinários e para o poder da prece. Ajudar o irmão desequilibrado a lutar corajosamente para a sua própria recuperação, procurando corrigir a mente viciosa e manter-se o mais possível em atitude de quem espera e confia na ajuda dos Espíritos Superiores.
Trabalhos mediúnicos podem favorecer grandemente esses casos, quando realizados com médiuns sérios, conscientes de sua responsabilidade e de reta moral. Não se dispondo de elementos assim, de absoluta confiança, é melhor abster-se desses trabalhos, insistindo na educação progressiva do irmão infeliz através de preces, leituras e estudos, conversações construtivas e passes espirituais, aplicados de maneira metódica, em dias e horas certas. Se o irmão enfermo colaborar, com sua boa vontade, os resultados positivos logo se farão sentir, porque ninguém está condenado ao vício e ao desequilíbrio, a não ser pela sua própria vontade ou falta de vontade para reagir.
Nosso destino está vinculado à maneira pela qual encaramos o sexo. Bastaria isso para nos mostrar a importância do problema. É inútil querermos fugir a ele. O necessário é modificarmos profundamente as velhas e viciosas atitudes que trazemos do passado e que encontramos de novo na sociedade terrena, ainda pesadamente esmagada por suas próprias imperfeições.
Encaremos o sexo como uma manifestação do poder criador, tratando-o com o devido respeito, e assim mudaremos a nós mesmos, aos outros e à sociedade em que vivemos. O espírita deve ser o elemento sempre apto a promover essa mudança e nunca um acomodado às situações viciosas que dominam as criaturas e as escravizam.
Enfim, o problema sexual deve ser encarado pelo espírita com naturalidade. O sexo deve ser considerado como fonte de força, vida e equilíbrio, devendo por isso mesmo ser respeitado e não aviltado.
Lembramos ainda que a mente é como um corcel e, por vezes, segue desenfreada existência afora. Muitas vezes, é o maior motivo de “poluição” de nossa trajetória evolutiva.
Em nossas casas, tratemos cada caso com estudo, para podermos orientar melhor e não desferir idéias preconcebidas e, por vezes, descabidas, freqüentemente confessando um puritanismo inútil de nossa parte. Tratemos o tema com lucidez, para podermos colaborar melhor, destruindo assim o medo e o tabu que existe a respeito do sexo em nosso meio.
Notas: (Extraído da revista Espiritismo e Ciência 18)
Até Logo.
Aluney Elferr
Para se falar em relação sexual e energia procriadora, faz-se necessário mencionar algumas das informações trazidas até nós pelo espírito André Luiz sobre as funções da epífise.
Ela reativa as forças criadoras no ser humano, aproximadamente aos 14 anos. No período do desenvolvimento infantil, permanece em fase de reajustamento, absorvendo novos reflexos e ensinamentos que são ministrados nessa fase da vida, e que farão frente ou que vão se somar às colheitas das vidas passadas, que ressurgirão, de acordo com a vontade, sob fortes impulsos.
Por esse motivo, a epífise é denominada a glândula da vida espiritual. Ela funciona como uma usina, fonte geradora de elementos psíquicos ou “unidades força”, necessárias à fecundação das diversas formas da criação. Pode ser direcionada para a fecundação dos mais nobres valores da divindade ou utilizada para a orgia dos prazeres das criaturas terrestres.
Em nosso meio ainda existem vários resquícios de tabu no que diz respeito a conversações sobre o sexo. No entanto, fazendo parte da vida, o espírita estudioso não pode deixar de estudá-lo e analisá-lo de forma natural, para que seja bem compreendido e orientado. Os tempos em que essa manifestação de afeto e amor, no que diz respeito ao sexo verdadeiro, era “pecaminosa”, já passaram e seguramente não deverão mais voltar.
O sexo não é patrimônio exclusivo da humanidade terrestre; é tesouro divino em todos os mundos no universo infinito. Para as criaturas humanas, que ainda estão distantes da compreensão e vivência das Leis Divinas, permanece num quadro triste de ignorância, perversão e desequilíbrio.
Na existência humana, o sexo pode ser um dos instrumentos do amor, sem que o amor seja sexo.
O INSTINTO SEXUAL É PODEROSA FORÇA DE ATRAÇÃO, UNINDO OS CORPOS FÍSICOS, reencontrando as almas para resgates de débitos, dirigindo os homens para conquistas e objetivos da Lei Suprema: o amor, a felicidade e a harmonia.
Mesmo com a pobreza de valores íntimos, o homem caminha, embora lentamente, em direção ao objetivo maior do Criador, que é o progresso e a perfeição. Não podemos confundir sexo e amor, pois enquanto o sexo é força instintiva ou inconsciente, o amor é energia consciente e espontânea. Todavia, sexo sem amor é pobre e pequeno, quando não, promíscuo.
Em experiências afetivas, o homem costuma ver a energia instintiva sexual como sendo amor, e isso tem promovido quase todas as uniões de homens e mulheres na Terra. Constantemente, observamos muitos lares desabados porque só havia energia instintiva sexual e nenhum amor. Na Terra, o amor ainda é uma aspiração da eternidade, encravada no egoísmo, nos interesses, na ilusão, e na fome de prazeres que fantasiamos como sendo a Virtude Celeste.
Desejo e sentimento de posse não significam amor.
Para um bom relacionamento, faz-se necessário buscarmos o que nos ensina o evangelho de Jesus Cristo: “Devemos amar sem nos preocupar em sermos amados”.
Para alcançarmos o amor sublime devemos cultivar a semente da humildade, da bondade, da paciência, do perdão, da tolerância, da indulgência, da ternura, da delicadeza, da renúncia e do entendimento. Sem os tesouros da fé sincera, essas plantas divinas não germinarão no canteiro do coração; vão sucumbir antes do tempo, alastrando a desarmonia, a delinqüência e os crimes. Sem falar na ampliação dos débitos e no adiamento dos resgates anteriores para reencarnações futuras, quase sempre acrescidas de dores e sofrimentos, para o nosso bem.
O MÉDIUM ATENTO DEVE SE PREOCUPAR COM ESSAS QUESTÕES e, acima de tudo, tratá-las com naturalidade pois, sendo o sexo um mecanismo de evolução, seu abuso poderá contribuir para a decadência moral.
Ainda se questiona sobre o sexo e a prática mediúnica. Poderá o médium praticá-la em dias de atividades ou não? E possível conciliar as duas coisas? Receberei mensagens espirituais se praticar sexo no dia da atividade? E como ficam aquelas pessoas que trabalham em práticas mediúnicas todos os dias na casa espírita e que também são casadas?
Todas essas questões devem ser tratadas com simplicidade e autenticidade. A nosso ver, sendo o sexo algo natural em nossa escala evolutiva, o médium poderá praticá-lo sem problemas – o sexo com amor – com o seu ou a sua cônjuge, sem que isso prejudique a prática mediúnica. Conforme sabemos, o sexo é uma troca de energias entre seres que o praticam com respeito e amor. Assim, como poderá fazer mal a algum médium?
Mas se fala muito da fadiga energética do médium quando pratica sexo. A lógica nos mostra que, quando existe troca de energias, não existe fadiga. Falamos aqui da troca calorosa e sincera de energias; não falamos de sexo desvairado com parceiros estranhos, a cada momento. No entanto, mesmo que seja só com uma parceira ou parceiro, se a prática for constante e desvairada, haverá, sim, fadiga. Compreendemos que tudo o que extrapola o natural e passa a ser exagerado, tem muito a prejudicar.
Cabe ainda uma pergunta. Se o médium está com muita vontade de ter relações afeto-sexuais com o parceiro e não pratica, mas fica com isso na cabeça o tempo todo, não atrapalharia ainda mais a prática de sua tarefa? Achamos que sim, pois o pior de tudo é manter o sexo na cabeça; a tarefa mediúnica exige concentração do médium.
O SEXO TEM SIDO TÃO AVILTADO PELA MAIORIA DOS HOMENS REENCARNADOS NA CROSTA, que o que observamos na atualidade é a inversão dos valores sublimes da criação divina, transformados em rolo compressor para os interesses da indústria do sexo desvairado. Atualmente, é o item mais divulgado e procurado, com o objetivo de despertar a sensualidade tanto no homem como na mulher, não se importando com os danos que isso certamente vai causar.
O que interessa são os lucros arrecadados e não o cultivo dos valores morais sublimes, que ainda não conseguimos enxergar. A relação sexual entre a maioria dos homens e mulheres terrestres se aproxima demasiadamente das manifestações dessa natureza entre os irracionais, sem qualquer obediência às Leis Divinas. Neste plano de baixas vibrações onde predomina ainda a semi-brutalidade, muitas inteligências admiráveis preferem se demorar em baixas correntes evolutivas. A união sexual entre criaturas que já atingiram grandes elevações é muito diferente. Traduz a permuta sublime de energias perispirituais, simbolizando o alimento divino para a inteligência e para o coração; é força criadora não somente de filhos carnais, mas também de obras e realizações generosas da alma para a vida eterna. A procriação é um serviço que pode ser realizado por aquele que ama, sem ser o objetivo exclusivo das uniões.
Todo ato criador está repleto de sagrados valores da divindade, e são esses valores tão abençoados que, por interesse de mentes enfermiças, conduzem impreterivelmente ao abuso e a orgias de prazeres.
Assim, homens e mulheres, raciocinando numa atmosfera mental caótica, permitem aos obsessores do invisível colocar em prática seus interesses na desintegração familiar e social, bem como em retardar o progresso espiritual, mantendo a grande maioria das criaturas que se afinam com seus ideais sob controle. Com isso, preservam os meios para saciar seus desejos, que não foram corrigidos enquanto encarnados.
O médium deverá ter bastante cautela com essa temática, para poder verdadeiramente colaborar ainda mais com sua conduta mediúnica. Ele já é um necessitado que, agora, reencarna com propósitos nobres de evolução e de restabelecimento da harmonia desarticulada no passado. O sexo não é um bicho-de-sete-cabeças que deva ser tratado pelo médium como um assunto intocável, mas sim, como um assunto do cotidiano, tratado com respeito.
OS HOMENS FIZERAM DO SEXO UM MOTIVO DE ESCÂNDALO, TORNANDO-O UMA COISA IMPURA e repelente. Mas o sexo é uma manifestação do poder criador, das forças produtivas da natureza. O espírita não pode encarar a questão sexual como assunto proibido. O sexo é a própria dialética da criação e existe em todos os reinos da natureza.
O paganismo chegou a fazer do sexo motivo de adoração. Os povos primitivos revelam grande respeito e assumem atitude religiosa diante do sexo. Mas para esses povos, ainda bem próximos da natureza, o sexo não está sujeito aos desregramentos, aos abusos e ao aviltamento que se vê no mundo civilizado. O Cristianismo condenou o sexo e fez dele a fonte de toda a perdição, mas o Espiritismo reconsidera a questão, colocando um meio-termo entre os exageros pagãos e cristãos. O espírita sabe que o sexo é um grande campo de experiências para o espírito em evolução e que é através dele que a lei de reencarnação se processa na vida terrena. Portanto, como considerá-lo impuro e repelente?
Em O Livro dos Espíritos, Kardec comenta: “Os Espíritos se encarnam homens ou mulheres, porque não têm sexo. Como devem progredir em tudo, cada sexo, como cada posição social, lhe oferece provas e deveres especiais e novas ocasiões de adquirir experiências”. Como vemos, o sexo é considerado pelo Espiritismo no seu justo lugar, como um meio de evolução espiritual. Por isso mesmo o espírita não pode continuar a encarar o sexo como o faz o comum dos homens. Não pode abusar do sexo, nem desprezá-lo. Deve antes considerar o seu valor e a sua importância no processo da evolução.
No meio espírita, ainda existe muita prevenção contra os assuntos sexuais. Mas é necessário que essa prevenção seja afastada através de uma compreensão mais precisa do problema. Não há motivo para se fazer do sexo um assunto tabu, mas também não se deve exagerar nesse terreno, pois muitos se escandalizariam. Devemos nos lembrar de que, por milhares de anos, ao longo de sucessivas gerações, o sexo foi considerado, na civilização cristã em que nascemos e vivemos, um campo de depravação, de perdição das criaturas. A simples palavra sexo provoca em muita gente uma situação de ambivalência: interesse oculto e repulsa instintiva. Por isso mesmo a educação sexual deve ser encarada seriamente e não pode ser deixada à margem da pedagogia espírita.
A MAIOR DIFICULDADE PARA A QUESTÃO SEXUAL ESTÁ NO LAR, NA VIDA FAMILIAR. Em geral, os pais espíritas não sabem como preparar os seus filhos para a chamada “revelação do sexo”. O regime do silêncio continua a imperar em nossos lares, criando maiores dificuldades para o esclarecimento da questão. A simples proibição do assunto gera um clima de mistério, aumentando os motivos de desequilíbrio para os adolescentes. Por sua vez, os pais também sofrem de inibições decorrentes de um sistema errado de educação a que estiveram sujeitos.
Na família, a atitude mais acertada é a de não se responder às indagações das crianças com mentiras douradas. Mas também não se deve responder de maneira crua. Seria uma imprudência queremos sair de um sistema de tabus para uma situação de franqueza rude. Há muitas maneiras de fazer a criança sentir que a questão sexual não é nem mais nem menos importante do que as demais. Cada mãe ou pai tem de descobrir a maneira mais conveniente ao seu meio familiar. A regra mais certa é a resposta verdadeira, de maneira indireta. Se a criança perguntar “Como a gente nasce?”, deve-se responder, por exemplo, “Da mesma maneira que os gatinhos”. Começando assim, pouco a pouco, os próprios pais vão descobrindo a técnica de vencer as dificuldades, sem iludir os filhos com lendas e mentiras que criam um ambiente de excitação perigosa.
Nas escolas espíritas, o problema deve ser apresentado com o mesmo cuidado, pois a situação é ainda mais melindrosa: as crianças de uma classe pertencem a diversas famílias, com diferentes costumes. É perigosa a chamada “atitude científica”, geralmente seguida nas escolas pelos professores de ciências. A frieza científica não leva em consideração as sutilezas psicológicas. O ideal é que o assunto seja discutido previamente em reuniões pedagógicas, entre os professores de ciências, de psicologia, de moral e o orientador pedagógico. Na verdade, o problema é mais de pedagogia do que de ciências. O bom pedagogo saberá conduzi-lo com o tato necessário, sem produzir choques perigosos e sem deixar que o assunto caia novamente no plano do mistério.
QUANTO AOS JOVENS, DEVEM PROMOVER CURSOS E SEMINÁRIOS A RESPEITO, sempre com a assistência de um professor experimentado, de moral ilibada e reconhecido bom-senso. Os jovens têm grande necessidade de boa orientação sexual pois estão na fase de maior manifestação dessas exigências e, se não forem bem orientados, poderão cair em lamentáveis complicações.
O jovem espírita, embora esclarecido pela doutrina, não está menos sujeito a desequilíbrios sexuais. Sabemos que esses desequilíbrios têm duas fontes principais: os abusos e vícios do passado, em encarnações desregradas; e as influências de entidades perigosas, muitas vezes ligadas aos jovens pelo passado delituoso. Por isso mesmo, o problema só pode ser tratado de maneira elevada, com grande senso de responsabilidade. Os médicos espíritas podem ser grandes auxiliares das Mocidades Espíritas nesse setor.
Quanto aos espíritas adultos, não estão menos livres do que os jovens. São vítimas de uma educação defeituosa, de um ambiente moral dominado pela hipocrisia em matéria sexual, e trazem as heranças do passado, às vezes agravadas por esse ambiente. No meio espírita, precisam se acostumar a encarar a questão sexual de maneira séria, evitando as atitudes negativas que dão entrada às influências perigosas.
Encarando o sexo sem malícia, como uma função natural e uma necessidade vital, ao mesmo tempo o espírita se corrige e modifica o ambiente em que vive, afastando do mesmo os espíritos viciosos e maliciosos, que não mais encontram pasto para os seus abusos. O melhor meio de afugentar esses espíritos e de encaminhá-los também a uma reforma íntima, é a criação de uma atitude pessoal de respeito pelos problemas sexuais e o cultivo de um ambiente de compreensão elevada no lar.
Essa mesma atitude deve ser levada para os ambientes de trabalho, por mais contaminados que eles se apresentem. O espírita não deve fugir espavorido diante das conversas impróprias, pois com isso demonstraria incompreensão do problema e provocaria maior interesse dos outros em perturbá-los. Mas também não deve estimular essas conversas com sua participação ativa. Sua atitude deve ser de completa naturalidade, de quem conhece o problema e não se espanta com as conversas de mau gosto, mas também de quem não acha motivos para alimentar essas conversas e delas participar. Sempre que possível, e com senso de oportunidade, ele deve procurar mudar os rumos da conversa para assuntos mais aproveitáveis ou mesmo para os aspectos sérios da questão sexual.
NOS CASOS DOLOROSOS DE INVERSÃO SEXUAL, o espírita geralmente se vê em dificuldade. O mais certo é apelar para os conhecimentos doutrinários e para o poder da prece. Ajudar o irmão desequilibrado a lutar corajosamente para a sua própria recuperação, procurando corrigir a mente viciosa e manter-se o mais possível em atitude de quem espera e confia na ajuda dos Espíritos Superiores.
Trabalhos mediúnicos podem favorecer grandemente esses casos, quando realizados com médiuns sérios, conscientes de sua responsabilidade e de reta moral. Não se dispondo de elementos assim, de absoluta confiança, é melhor abster-se desses trabalhos, insistindo na educação progressiva do irmão infeliz através de preces, leituras e estudos, conversações construtivas e passes espirituais, aplicados de maneira metódica, em dias e horas certas. Se o irmão enfermo colaborar, com sua boa vontade, os resultados positivos logo se farão sentir, porque ninguém está condenado ao vício e ao desequilíbrio, a não ser pela sua própria vontade ou falta de vontade para reagir.
Nosso destino está vinculado à maneira pela qual encaramos o sexo. Bastaria isso para nos mostrar a importância do problema. É inútil querermos fugir a ele. O necessário é modificarmos profundamente as velhas e viciosas atitudes que trazemos do passado e que encontramos de novo na sociedade terrena, ainda pesadamente esmagada por suas próprias imperfeições.
Encaremos o sexo como uma manifestação do poder criador, tratando-o com o devido respeito, e assim mudaremos a nós mesmos, aos outros e à sociedade em que vivemos. O espírita deve ser o elemento sempre apto a promover essa mudança e nunca um acomodado às situações viciosas que dominam as criaturas e as escravizam.
Enfim, o problema sexual deve ser encarado pelo espírita com naturalidade. O sexo deve ser considerado como fonte de força, vida e equilíbrio, devendo por isso mesmo ser respeitado e não aviltado.
Lembramos ainda que a mente é como um corcel e, por vezes, segue desenfreada existência afora. Muitas vezes, é o maior motivo de “poluição” de nossa trajetória evolutiva.
Em nossas casas, tratemos cada caso com estudo, para podermos orientar melhor e não desferir idéias preconcebidas e, por vezes, descabidas, freqüentemente confessando um puritanismo inútil de nossa parte. Tratemos o tema com lucidez, para podermos colaborar melhor, destruindo assim o medo e o tabu que existe a respeito do sexo em nosso meio.
Notas: (Extraído da revista Espiritismo e Ciência 18)
Até Logo.
Higiene do Coração (Caírbar Schutel)
"Bem-aventurados os limpos de coração, porque eles verão a Deus."
(Mateus, V, 8.)
Há corações limpos e há corações sujos. Para aqueles reservou o Senhor a visão de Deus.
E assim como há necessidade da higiene do corpo, para que o corpo funcione regularmente. com mais forte razão faz-se preciso higiene do coração, para que o Espírito ande bem.
É preciso limpar o coração para se ver a Deus. Ninguém há de coração sujo que tenha olhos abertos para o Supremo Artífice de Todas as Coisas.
"A boca fala do que o coração está cheio; do interior procedem as más ações, os maus pensamentos."
Coração sujo, homem sujo; coração limpo, alma límpida, apta para ver Deus.
Faz-se mister limpar o coração. Mas, de que forma começar esse asseio?
É preciso que nos conheçamos primeiramente; é preciso conhecermos o coração. Nosce te ipsum, conhece-te a ti mesmo! Saber quem somos e os deveres que nos cumpre desempenhar; interrogar cotidianamente a nossa consciência; exercitar um culto estritamente interno, tal é o 'inicio dessa tarefa grandiosa para a qual fomos chamados à Terra.
A limpeza de coração substitui o culto externo pelo interno. As genuflexões, as adorações pagãs, as preces cantadas e mastigadas, nenhum efeito têm diante de Deus.
O que o Senhor quer é a limpeza, a higiene do coração. Fazer culto exterior sem o interior, é o mesmo que; caiar sepulcros que guardam podridões!
Limpar o coração é renunciar ao orgulho e egoísmo com toda a sua prole malfazeja! É pensar, estudar. compreender; é crer no Amado Filho de Deus pelos seus ditames redentores!
É ser bom, indulgente, caridoso, humilde, paciente, progressista; é, finalmente, renunciar ao mal para abraçar o bem; deixar a aparência pela realidade; preferir o Reino dos Céus ao Reino do Mundo, pois só dentro do Supremo Reinado poderemos ver Deus!
(Parábolas e Ensinos de Jesus – Caírbar Schutel)
(Mateus, V, 8.)
Há corações limpos e há corações sujos. Para aqueles reservou o Senhor a visão de Deus.
E assim como há necessidade da higiene do corpo, para que o corpo funcione regularmente. com mais forte razão faz-se preciso higiene do coração, para que o Espírito ande bem.
É preciso limpar o coração para se ver a Deus. Ninguém há de coração sujo que tenha olhos abertos para o Supremo Artífice de Todas as Coisas.
"A boca fala do que o coração está cheio; do interior procedem as más ações, os maus pensamentos."
Coração sujo, homem sujo; coração limpo, alma límpida, apta para ver Deus.
Faz-se mister limpar o coração. Mas, de que forma começar esse asseio?
É preciso que nos conheçamos primeiramente; é preciso conhecermos o coração. Nosce te ipsum, conhece-te a ti mesmo! Saber quem somos e os deveres que nos cumpre desempenhar; interrogar cotidianamente a nossa consciência; exercitar um culto estritamente interno, tal é o 'inicio dessa tarefa grandiosa para a qual fomos chamados à Terra.
A limpeza de coração substitui o culto externo pelo interno. As genuflexões, as adorações pagãs, as preces cantadas e mastigadas, nenhum efeito têm diante de Deus.
O que o Senhor quer é a limpeza, a higiene do coração. Fazer culto exterior sem o interior, é o mesmo que; caiar sepulcros que guardam podridões!
Limpar o coração é renunciar ao orgulho e egoísmo com toda a sua prole malfazeja! É pensar, estudar. compreender; é crer no Amado Filho de Deus pelos seus ditames redentores!
É ser bom, indulgente, caridoso, humilde, paciente, progressista; é, finalmente, renunciar ao mal para abraçar o bem; deixar a aparência pela realidade; preferir o Reino dos Céus ao Reino do Mundo, pois só dentro do Supremo Reinado poderemos ver Deus!
(Parábolas e Ensinos de Jesus – Caírbar Schutel)
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Filme "Made in Heaven" em português "Paixão Eterna" (1987)
Esse é um das centenas de filmes feitos sobre o tema reencarnação. Simplesmente amo esse filme. A visão pode ser um tremenda besteira, mas como meus conhecimentos ainda não são suficientes para ter essa certeza, continuo amando a obra artística.
Sinopse: Ao deixar a pequena cidade onde mora para tentar a vida na Califórnia, Mike Shea se envolve num acidente, morre e vai para o céu. Ainda confuso com os acontecimentos, Mike conhece Annie, uma guardiã que o ensina como funcionam as coisas no paraíso. Apaixonados, eles se casam e pretendem ficar juntos para sempre. Mas Annie tem um destino a cumprir na Terra. Inconformado com a separação, Mike pede para voltar e encontrar seu grande amor. Seu pedido é atendido, mas sob certas condições: eles não se lembrarão de nada e Mike terá de achá-la antes de completar 30 anos, caso contrário nunca mais se verão. Drama dirigido por Alan Rudolph e estrelado por Timothy Hutton, Kelly McGillis. Com Don Murray, Amanda Plummer e Maureen Stapleton. As atrizes Debra Winger e Ellen Barkin têm participações não creditadas, mesmo a Debra tendo interpretado o anjo Emmert. Nos créditos aparece Emmert como ele mesmo. Astros da música como Neil Young, Ric Ocasek e Tom Petty também fazem pontas.
Trailer no YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=uPWs8BJwNOk
Procurei durante muito tempo a música tema do filme "We've Never Danced". Hoje com o advento YouTube encontrei. A cena final do filme, quando toca a música: http://www.youtube.com/watch?v=7Xc_cT4sgew
Um clipe somente com a música: http://www.youtube.com/watch?v=TsxmlTRm6n8&feature=related
Recomendo assistir ao filme todo. Acho que pode ser encontrado na web para baixar, ou mesmo no YouTube em partes de 10min. Acredito que coisas assim podem acontecer. Lembrando que ainda sou um ignorante da doutrina e um romântico irrecuperável.
Até logo.
Sinopse: Ao deixar a pequena cidade onde mora para tentar a vida na Califórnia, Mike Shea se envolve num acidente, morre e vai para o céu. Ainda confuso com os acontecimentos, Mike conhece Annie, uma guardiã que o ensina como funcionam as coisas no paraíso. Apaixonados, eles se casam e pretendem ficar juntos para sempre. Mas Annie tem um destino a cumprir na Terra. Inconformado com a separação, Mike pede para voltar e encontrar seu grande amor. Seu pedido é atendido, mas sob certas condições: eles não se lembrarão de nada e Mike terá de achá-la antes de completar 30 anos, caso contrário nunca mais se verão. Drama dirigido por Alan Rudolph e estrelado por Timothy Hutton, Kelly McGillis. Com Don Murray, Amanda Plummer e Maureen Stapleton. As atrizes Debra Winger e Ellen Barkin têm participações não creditadas, mesmo a Debra tendo interpretado o anjo Emmert. Nos créditos aparece Emmert como ele mesmo. Astros da música como Neil Young, Ric Ocasek e Tom Petty também fazem pontas.
Trailer no YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=uPWs8BJwNOk
Procurei durante muito tempo a música tema do filme "We've Never Danced". Hoje com o advento YouTube encontrei. A cena final do filme, quando toca a música: http://www.youtube.com/watch?v=7Xc_cT4sgew
Um clipe somente com a música: http://www.youtube.com/watch?v=TsxmlTRm6n8&feature=related
Recomendo assistir ao filme todo. Acho que pode ser encontrado na web para baixar, ou mesmo no YouTube em partes de 10min. Acredito que coisas assim podem acontecer. Lembrando que ainda sou um ignorante da doutrina e um romântico irrecuperável.
Até logo.
quarta-feira, 7 de outubro de 2009
Agradecimentos...
Não há como não agradecer a toda a ajuda e apoio que estou tendo. A cada dia tenho a certeza de estar fazendo o certo. Sei que minhas preces são ouvidas. Tenho recebido graças todos os dias. Os sinais de que o caminho é o certo são claros. Só tenho graças a dar. Obrigado, obrigado e obrigado.
Tudo será da forma como Deus permitir que seja.
Tudo será da forma como Deus permitir que seja.
Reflexos Condicionados
Tenho conversado com muitas pessoas, sobre como a mudança é difícil e dolorosa. Muitos atos meus são executados de forma expontânea há anos e estão meio que no automático.
Achei um texto interessante sobre "Relefxos Condicionados" em: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/sergio-biagi/ensaio-reflexos-condicionados.html. Alguns tópicos interessantes:
...
Atitude é a maneira coerente e peculiar de reagir a determinados estímulos. Seus componentes são: "pensamentos", "crenças", "sentimentos ou emoções" e "tendências para reagir". As atitudes são aprendidas pelos princípios da "associação, da "transferência" e da "satisfação das necessidades"
Por que a mudança de atitude é mais difícil do que o aprendizado?
É que alteramos o componente pensamento-crença, sem afetar o sentimento e tendência reativas. Estudos da Psicologia Social tem mostrado que existe primeiramente dificuldade de persuasão, principalmente nos crédulos, que dependem do líder e dificultam a absorção de proposições alheias. Esses psicólogos verificaram que a estratégia para mudar um componente da atitude realinha todos os outros componentes na mesma direção. Quanto maior o tempo que um automatismo foi recalcado mais difícil é sua mudança. Veja-se por exemplo, a obsessão que segue varias encarnações. Como rebentar de uma vez os laços que estão jungidos por longo tempo.
A CONFIANÇA NO PROFESSOR SOCIAL, afirmam eles, é extremamente útil para auxiliar nossas mudanças comportamentais. (Kardec, 1978, p. 4 a 18)
...
A questão da reformulação de nossas atitudes é uma questão de profundidade. O que seria a reforma íntima no contexto dos reflexos condicionados? Seria mudar as nossas respostas aos velhos estímulos. É como uma pessoa no trânsito em que costuma responder com um palavrão ao estímulo de uma fechada. Até que se exercitando acaba por aceitar a situação, não se ofendendo com o que aconteceu.
Achei um texto interessante sobre "Relefxos Condicionados" em: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/sergio-biagi/ensaio-reflexos-condicionados.html. Alguns tópicos interessantes:
...
Atitude é a maneira coerente e peculiar de reagir a determinados estímulos. Seus componentes são: "pensamentos", "crenças", "sentimentos ou emoções" e "tendências para reagir". As atitudes são aprendidas pelos princípios da "associação, da "transferência" e da "satisfação das necessidades"
Por que a mudança de atitude é mais difícil do que o aprendizado?
É que alteramos o componente pensamento-crença, sem afetar o sentimento e tendência reativas. Estudos da Psicologia Social tem mostrado que existe primeiramente dificuldade de persuasão, principalmente nos crédulos, que dependem do líder e dificultam a absorção de proposições alheias. Esses psicólogos verificaram que a estratégia para mudar um componente da atitude realinha todos os outros componentes na mesma direção. Quanto maior o tempo que um automatismo foi recalcado mais difícil é sua mudança. Veja-se por exemplo, a obsessão que segue varias encarnações. Como rebentar de uma vez os laços que estão jungidos por longo tempo.
A CONFIANÇA NO PROFESSOR SOCIAL, afirmam eles, é extremamente útil para auxiliar nossas mudanças comportamentais. (Kardec, 1978, p. 4 a 18)
...
A questão da reformulação de nossas atitudes é uma questão de profundidade. O que seria a reforma íntima no contexto dos reflexos condicionados? Seria mudar as nossas respostas aos velhos estímulos. É como uma pessoa no trânsito em que costuma responder com um palavrão ao estímulo de uma fechada. Até que se exercitando acaba por aceitar a situação, não se ofendendo com o que aconteceu.
Site de Estudo Virtual
Achei um site muito interessante, que apresenta estudos dirigidos de forma virtual: CVDEE - Centro Virtual de Divulgação e Estudo do Espiritismo. Pode ser acessado pelo link: http://www.cvdee.org.br
Muito se Pedirá a Aquele que Muito Recebeu
Na segunda passada estudamos o Capítulo XVIII, 10 a 12: Muito se Pedirá a Aquele que Muito Recebeu. Esse capítulo em especial me tocou muito. Aqui se percebe a responsabilidade quando não se é mais ignorante no assunto:
10. O servo que souber da vontade do seu amo e que, entretanto, não estiver pronto e não fizer o que dele queira o amo, será rudemente castigado. - Mas, aquele que não tenha sabido da sua vontade e fizer coisas dignas de castigo menos punido será. Muito se pedirá àquele a quem muito se houver dado e maiores contas serão tomadas àquele a quem mais coisas se haja confiado. (S. LUCAS, cap. XII, vv. 47 e 48.)
...
Nenhum dos que o recebam, diretamente ou por intermédio de outrem, pode pretextar ignorância; não se pode desculpar nem com a falta de instrução, nem com a obscuridade do sentido alegórico. Aquele, portanto, que não aproveita essas máximas para melhorar-se, que as admira como coisas interessantes c curiosas, sem que lhe toquem o coração, que não se torna nem menos vão, nem menos orgulhoso, nem menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem melhor para seu próximo, mais culpado é, porque mais meios tem de conhecer a verdade.
Os médiuns que obtêm boas comunicações ainda mais censuráveis são, se persistem no mal, porque muitas vezes escrevem sua própria condenação e porque, se não os cegasse o orgulho, reconheceriam que a eles é que se dirigem os Espíritos. Mas, em vez de tomarem para si as lições que escrevem, ou que lêem escritas por outros, têm por única preocupação aplicá-las aos demais, confirmando assim estas palavras de Jesus: "Vedes um argueiro no olho do vosso próximo e não vedes a trave que está no vosso." (Cap. X, nº 9.)
...
Aos espíritas, pois, muito será pedido, porque muito hão recebido; mas, também, aos que houverem aproveitado, muito será dado.
Esse capítulo me fez pensar muito em muitas coisas.
10. O servo que souber da vontade do seu amo e que, entretanto, não estiver pronto e não fizer o que dele queira o amo, será rudemente castigado. - Mas, aquele que não tenha sabido da sua vontade e fizer coisas dignas de castigo menos punido será. Muito se pedirá àquele a quem muito se houver dado e maiores contas serão tomadas àquele a quem mais coisas se haja confiado. (S. LUCAS, cap. XII, vv. 47 e 48.)
...
Nenhum dos que o recebam, diretamente ou por intermédio de outrem, pode pretextar ignorância; não se pode desculpar nem com a falta de instrução, nem com a obscuridade do sentido alegórico. Aquele, portanto, que não aproveita essas máximas para melhorar-se, que as admira como coisas interessantes c curiosas, sem que lhe toquem o coração, que não se torna nem menos vão, nem menos orgulhoso, nem menos egoísta, nem menos apegado aos bens materiais, nem melhor para seu próximo, mais culpado é, porque mais meios tem de conhecer a verdade.
Os médiuns que obtêm boas comunicações ainda mais censuráveis são, se persistem no mal, porque muitas vezes escrevem sua própria condenação e porque, se não os cegasse o orgulho, reconheceriam que a eles é que se dirigem os Espíritos. Mas, em vez de tomarem para si as lições que escrevem, ou que lêem escritas por outros, têm por única preocupação aplicá-las aos demais, confirmando assim estas palavras de Jesus: "Vedes um argueiro no olho do vosso próximo e não vedes a trave que está no vosso." (Cap. X, nº 9.)
...
Aos espíritas, pois, muito será pedido, porque muito hão recebido; mas, também, aos que houverem aproveitado, muito será dado.
Esse capítulo me fez pensar muito em muitas coisas.
Assinar:
Postagens (Atom)